quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Renovação da Juventude

Meus amigos, decidi escrever sobre um assunto que muito poucos se fala em relação ao modo que deve ser respeitado, baseando-se em experiências e conhecimentos que adquiri.

Há tempos não freqüentava mais bailes e eventos onde a juventude se reúne para diversão, namorar, encontrar amigos.

Convidado para uma formatura de segundo grau por uma amiga minha, então, decidi comparecer na mesma.

Há tempos não ouvia mais a música estridente, alta e forte, mas sem destino, apenas como um grito ecoando pelo ar sem algo que se possa compreender.

O que você sente, quando vê centenas de jovens, e até pessoas maduras (de idade) numa Dança na qual a letra da música fala apenas em sexo e sensualidade, sem o mínimo de respeito que se mereça?

Não consegui ficar por muito tempo, e me disseram “O que você está fazendo aqui? Vá para casa!”.

Pois é, nada poderia encontrar em um lugar assim. Vestidos a traje social, havia beleza nas roupas das pessoas, mas eu não a encontrava nos sorrisos, nem nos corações dos que lá estavam.

Muitos dizem que as pessoas precisam fazer isso para se acalmarem, divertirem, que é necessário dividir as coisas, religião, trabalho e diversões. Mas eu, em minha opinião de aprendiz, discordo desta idéia. A vida é uma só. Ela é única e não se divide. Não é possível ser duas pessoas, pois neste caso estaríamos sendo falsos em ambos os momentos.

A vida de cada um é compostas pelos atos que ele pratica, carregando consigo o bem que fez e o mal que fez, tendo em cada ato o peso na medida da responsabilidade e intenção que pratica, e também o bem que deixou de fazer.

O que carregará nossa juventude? Serão doces os frutos que irão colher, se a semente plantada não teve qualidade, ou nem sequer plantaram? Esperamos colher uvas de figueiras?

Conforme a Prece no Limiar, encontrada no livro Sexo e Destino, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, “Ao tremendo conflito da forças gigantescas que lutam pelo domínio moral da Terra, materialismo e religião, enviaste a Doutrina Espírita, em nome do Evangelho do Cristo, para asserenar os corações e comunicar-lhes que o amor é a essência do Universo; que as criaturas nasceram do hálito divino para se amarem umas as outras; que o sexo é legado sublime e que o lar é refúgio santificante, esclarecendo, porém, que o amor e sexo plasmam responsabilidades naturais na consciência de cada um e que ninguém lesa alguém nos tesouros afetivos sem dolorosas reparações.”, recebida por pelo primeiro e ditada por Emmanuel, a sua análise nos mostra a responsabilidade que devemos ter em nossa conduta pessoal. Se errarmos, estejamos certos de que devemos reparar e que seja ainda nesta vida, pois quando estivermos do outro lado será mais difícil.

Cada qual deseja uma vida feliz, uma família unida, pais e filhos dialogando como pessoas normais, sem que nenhum precise se esconder. Mas o que é que estamos fazendo para que isso aconteça?

Esperamos um mundo melhor, mas não melhoramos nada em relação a nós mesmos. Esperamos encontrar a pessoa perfeita, mas onde a procuramos? Será que a acharemos em um bar, numa boate ou algo do gênero? Só se ela também estiver perdida.

Perguntei a algumas pessoas o que é a vida, por que estamos aqui, qual o sentido da vida? Poucas souberam me responder...

Acredito que esteja neste ponto o motivo de nossa juventude seguir este mesmo caminho. Por que não seguimos os traços de nossos pais, as competições de danças tradicionalistas, os filós, a união das famílias. Talvez porque alguns loucos dentro da ciência e do materialismo disseram que Deus não existe, que a vida é feita para ser aproveitada, porque após a morte nada poderemos encontrar; Talvez porque não nos importamos com os outros, buscamos a nossa ascensão e esquecemos que o maior é aquele que ajudou a todos. Talvez porque não olhamos para o colega do lado porque ele é de outra religião, ou porque é fanático, porque é feio, porque é negro, ou porque não fui com a cara do outro...

Assim como deixamos Deus esperando por nossas atitudes, quando formos para o outro lado, também Deus nos deixará esperando, porque se não tivemos tempo para Deus, porque é que ele terá tempo pra nós? Por causa de nossos preconceitos não faremos nada e então nada poderemos receber.

Quanto tempo de nossa vida dedicamos para ajudar as pessoas, um amigo, um conhecido, ou alguém que não conheça? Quanto tempo da sua vida gasta para estudar Jesus, para seguir os seus passos? Já me disseram que seguir Jesus é para depois que passarmos para a outra vida, mas onde fica aquela frase “Caminha enquanto tiverdes Luz”. O que é o tempo que temos luz, que Jesus falava, senão a nossa vida aqui na Terra? Quando chegarmos ao outro lado, onde receberemos conforme semeamos, o que poderemos receber se nada foi semeado? Será que conseguiremos ver Jesus estando cegos por nossos próprios atos?

Sabemos que a Terra está se transformando em um planeta de regeneração e qual será a nossa conduta em relação aos erros mais antigos em relação ao sexo? André Luiz, em um de seus livros, mostra-nos o molde dos corpos aos quais iremos reencarnar na terra. Nestes mesmos corpos, tanto masculino como feminino, houve uma característica que o surpreendeu: Havia muitas luz emanadas dos principais órgãos, sendo eles o coração, o cérebro e os órgãos sexuais. Órgãos Sexuais? Sim, isto mesmo.

Pouquíssimas pessoas conhecem o significado do sexo. A origem da vida não é algo para ser usado a fim de saciar prazeres, mas de sublimação do espírito. Não é algo que deva ser castigado ou excluído da conduta pessoal, mas que se deva ter respeito assim como se faz com o coração e o cérebro. Qualquer desvio acarreta conseqüências muitas vezes penosas.

Conforme narrou Divaldo Franco em uma palestra, os desejos não duram mais do que 30 segundos. Será que não vale a pena suportá-los por este tempo quando a razão e a sociedade não os aprova? Trinta segundos podem mudar o destino da sua própria vida; pode-se melhorar a conduta ou cair em caminhos nada fáceis de serem reparados, que poderão custar muitos anos no Umbral.

Vigiai porque não sabeis a hora que podereis ser assaltado. Esta frase não se refere apenas a bens materiais, mas aos nossos próprios atos, assaltando a integridade moral pelo mal que ainda existe em nós.

Neste novo ano que se aproxima, estendo o convite a todos para criarmos uma nova juventude, um novo mundo que nascerá dentro de nós, clareando caminhos por onde andarmos e deixando as marcas para outros nos seguirem. Convido a todos para que neste novo ano não seja apenas mais um ano em nossas vidas, mas aquele que mostrou a estrada para o encontro com Jesus.

Que a Luz esteja em seu coração!

Flavio Dias

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Segunda mensagem do jovem desencarnado em acidente automobilístico

Jesus me permitiu e estou de volta nesta casa espírita para falar com vocês.

Não chorem, por que a felicidade que tenho no coração não pode ser destruída pela tristeza de nossa distância. Se estamos longe, em espaços diferentes, é por que Deus assim desejou e nada podemos fazer para modificar isso.

O tempo é nosso amigo e tudo resolve para nós. Cada dia é uma esperança que se abre em nossa janela de aprendizagem. Vamos em frente, que Deus é nosso amigo eterno. Com Ele somos muito fortes e podemos vencer as dificuldades que temos pela frente. Jesus nos ensina a semear felicidade para colher a alegria que preenche nossa alma de emoção.

Se estou de volta é por que a senhora pediu hoje quando passou pela sala e viu o meu retrato na estante. Seu pedido foi direto a Jesus e fui autorizado a vir nesta casa e falar com a senhora, meu pai e meus irmãos.

Vocês sabiam que eu viria falar alguma coisa, desde que o guia espiritual pediu para que ficassem para o próximo trabalho. A emoção conta muito nesta hora. Também eu tenho a felicidade de encontrar novamente essa família cheia de amor. Vocês moram em meu coração eternamente.

Pedi para que não chorassem porque este é um momento de felicidade tanto para mim quanto para vocês. Se estou feliz é por que tenho a honra de chegar a esta casa e poder conversar com vocês e com os meus amigos.

Nunca pensei que pudesse um dia falar através de um médium, ainda mais com minha família. Pensei que viveria ate ficar bem velhinho. Assim poderia aproveitar todas as benesses que a vida apresenta a cada um.

Mas o destino não quis que fosse assim. Num momento de desatenção perdi a vida do corpo material e me senti flutuando no espaço, sem saber o que fazer e onde ir. Amigos me auxiliaram e então pude recuperar minha noção de vida e de espaço.

Reconheço que fui fraco no sentido de buscar a vida espiritual, mas temos tempo para tudo nesta vida. Temos tempo e temos amigos que nos colocam frente a frente com a nossa própria visão. E nesse espelho da vida caminhamos para o futuro sem olhar para trás.

Nesta época relembramos o nascimento de Jesus e nos colocamos como seus amigos diletos. No ar transparece a alegria do momento natalino.

Aqui em nossa casa, em nossa cidade espiritual, fizemos um pinheirinho para relembrar a data magna. Tem mais de dois metros de altura e é todo enfeitado de vermelho, verde e branco. Sob o pinheirinho colocamos muitos presentes. As crianças chegam e pegam o pacote que desejam para matar a vontade de ter brinquedos e doces. Os chocolates são a sua maior alegria. Fazem uma festa sem igual. Muitos deles nunca tiveram presentes ou brinquedos na terra e agora aproveitam para viver momentos de felicidade.

O pinheirinho é muito bonito e emite luzes de diferentes cores constantemente. É a força espiritual que se manifesta num objeto símbolo do nascimento de Jesus.

Meu coração diz que não existe natal sem vocês. Meu coração sofre por que não existe natal de felicidade se vocês não estão perto de mim. A distância machuca meu coração e eu nada posso fazer contra isso. Para mim o natal é triste por que vocês estão distantes.

Mas o que fazer se Deus quis assim? O destino nos prega peças constantemente. Por isso digo para os meus amigos, que aproveitem o tempo e trabalhem muito pela solidificação do evangelho de Jesus sobre a terra. Pratiquem a caridade e o amor ao próximo para que não venham no futuro lamentar o tempo perdido.

Não façam como eu fiz, que deixei para o futuro a busca da espiritualidade. Em vez de caminhar para o Cristo, fiquei parado no tempo, só atrás de aproveitar a vida. De que valeu o tempo perdido? Para nada. Nunca façam isso. Caprichem que a vida vai ensinar a encontrar felicidade no sorriso de alguém que auxiliamos. Os guias nos dizem que temos que semear felicidade para colher a alegria sem fim.

Busquem a paz e vivam a paz. Aproveitem o tempo com o trabalho eficaz. Lutem por Jesus e pelo bem maior. Deus nos ama e quer que nos amemos. Deus quer a vida cheia de amor e de felicidade.

Os guias me permitiram e eu posso voltar muitas vezes para a nossa antiga casa, e rever vocês. Por isso, sintam-se felizes quando sentirem a minha presença. Lembrem que eu estou de volta sempre que Jesus me permitir. O meu lar é o nosso lar. A minha casa é a nossa casa. Tudo se enquadra no que fazemos de felicidade. Se somos felizes quando nos encontramos, por que não nos encontrar quando nos é permitido?. Felicidade se encontra em cada sorriso em cada olhar e isso eu encontro em vocês.

Estou muito feliz em poder conversar com vocês e com esses amigos que fiz neste Centro Espírita. Também eles são parte de minha vida. Devagar vamos conquistando mais amigos e isso nos deixa feliz. A avó Maria está comigo e foi ela quem me trouxe aqui. Meus avós estão comigo também e estão muito felizes de ver nosso reencontro. Eles também aproveitam a ocasião para deixar um abraço a todos. Fiquem com Deus.

Segunda mensagem do jovem desencarnado em acidente automobilístico.

Mensagem psicofônica através do médium Luiz Marini, no Centro Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, em Pato Branco, em sessão mediúnica no dia 17 – 12- 08

domingo, 21 de dezembro de 2008

MARIA ROSA E O NATAL NO REDUTO

Meus amigos e companheiros de nossos longínquos tempos em que batalhamos pela nossa integridade física e espiritual contra aqueles que desejavam o nosso extermínio...

Hoje é tempo de relembrar o espírito natalino que está no ar e faz com que encha nosso coração de luz. Essa mesma luz encheu nossos corações quando estávamos no reduto em pleno ano de mil e novecentos e quatorze. Parece que quando se aproxima o natal tem um quê de alegria preenchendo os vazios do coração, mostrando que Jesus está presente em cada um..

Lembro que o mês de dezembro foi cheio de escaramuças com os peludos, onde ganhamos e perdemos muitas batalhas. Eles se aproximavam a cada dia de nosso reduto e a guerra se tornou mais feroz ainda. Quando o sertanejo se acha espremido, acuado, o sangue ferve nas veias e o furor se torna a sua arma mais temida..

Aquele dezembro foi violento sem mais da conta porque luta que se preza não tem descanso não. O jagunço se arruma desde cedo e segue para frente de batalha sem qualquer indicio de medo. Mata e morre sem que se note em seu rosto a dor dos que são humilhados incessantemente..

Como diz a avó Maria: “Só Jesus para entender o nosso coração”..

E a dor dessa saudade nos machuca sem cessar, por que foi um tempo que não gosto de lembrar, mas que vem sempre em minha memória, como que a me castigar a alma..

As lembranças são muito vivas e parece que estou no meio das refregas, sem descanso. Depois então recuo nas recordações e me vejo vagando pelos campos de nossas terras, sem paz, sem um destino certo. Depois, me vejo livre dos embaraços e me sinto outro espírito, já sem mágoas ou ressentimentos..

Naquele dezembro, quando se aproximou a data da comemoração, um silêncio tomou conta da região, pois que já não se ouvia mais tiros, gritos, rumor dos cascos da cavalhada. Tudo andava quieto, pelo menos no dia vinte e três de dezembro..

Chegaram as noticias pelos informantes de que os peludos tinham se retirado para os seus acampamentos de base e que nenhum deles ficara para trás. Isso para nós foi um alívio, pois que então haveria tempo de descanso..

A manhã de vinte e quatro começou calma. Bem cedo, madrugada ainda, os pássaros começaram a cantar. Isso era sinal de que os peludos não estavam chegando. As sentinelas deram sinal de que estava tudo tranqüilo. Assim, pudemos dormir um pouco mais..

O dia amanheceu limpo, sem nuvens e o sol logo surgiu no horizonte. Levantei e fui até o riacho, onde peguei pedras num cesto e levei para frente de minha casinha. Perto de uma imbuia gigante, fiz um presépio e com as pedras construí uma gruta representando o local onde Jesus nasceu. A manjedoura era feita de casca de árvores e o menino Jesus, Maria e José eram bonecos de palha que a avó Inês havia feito. Eram muito bonitos, porque essa avó sabia fazer artesanato como ninguém..

A sustentação da cobertura da gruta foi feita com casca de árvore vergada até o ponto certo. Depois cobri com musgo. Ficou um trabalho muito bonito. Representava bem a família de Belém, que depois se tornou a família universal..

Depois do almoço fizemos uma procissão com todo o povo. Cantamos e rezamos com muito fervor. A alegria tomou conta do reduto, pois nesse dia encontramos paz e tranqüilidade. Ficamos juntos até que chegasse a madrugada do dia vinte e cinco, quando então, cansados, fomos dormir..

No mundo espiritual me disseram que quando se aproxima o natal, toda a terra fica impregnada dos fluidos de amor que representa o nascimento de Jesus. Muitos conflitos pelo mundo cessam nesses dias, para comemorar o advento do menino Jesus. O fato é tão marcante para o mundo, que não há quem resista. A luz espanta as trevas e o amor do Cristo enche os corações humanos..

Vejo isso agora neste nosso Centro Espírita, que está tão lindo, com luzes de todas as cores, que descem do céu e chegam até nós. Os nossos mentores me dizem que são raios de luz que vêm das altas esferas para abençoar a todos..

Vocês não imaginam a beleza que esta casa apresenta. Centenas de amigos espirituais estão presentes nessa hora. Ouvimos musica de origem celestial, que enche nossa alma de amor. O Dr. Bezerra está presente com um grande número de amigos, abençoando a cada um de nós. O pinheirinho enfeitado tem muito mais luzes do que imaginamos. Ele representa o momento histórico do nascimento do Cristo..

Este momento faz com que cessem as guerras, os ódios, os rancores. O espírito imortal se torna dócil e maneiroso. É a ocasião ideal para transformar os desejos humanos em caridade, solidariedade, afeto e mansidão..

A mesma paz que encontramos naquele natal em nosso reduto vemos agora nesta casa de luz, porque os motivos são os mesmos: a comemoração da vinda à Terra do maior espírito que conhecemos..

Meus companheiros dos longínquos tempos de luta. É tempo de vencer os inimigos da luz, os defeitos que temos, as broncas que carregamos. É tempo de sonhar com novas conquistas, não mais aquelas que desejamos quando estivemos na terra, mas as que podem encher nossos corações de alegria e felicidade, tendo como base o amor de Jesus..

Recebam o meu abraço de amor...

Maria Rosa..

Mensagem psicofônica recebida pelo médium Luiz Marini, em sessão mediúnica no Centro Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, em Pato Branco, na noite de 17 de dezembro de 2008.

domingo, 14 de dezembro de 2008

MENSAGEM DE NATAL

Deus nos permite e novamente chegamos nesta casa de oração para falar com os senhores.

Podemos dizer, com a proximidade do natal, a festa que coroa o nascimento de Jesus na Terra, que somente o Mestre amado pode entender o nosso coração.

Só Jesus pode entender o coração desses espíritos que aqui vêm para conversar com os senhores e que se emocionam quando observam uma árvore de natal enfeitada de luzes e de presentes.

Se do lado material essas árvores estão engalanando o natal que se aproxima, do nosso lado, no mundo espiritual, elas se enchem de luzes e de cores diferentes formando arco-íris resplandecentes para render graças a Jesus, nosso Mestre.

Porque aqui na espiritualidade nós também aprendemos a reverenciar o nascimento de Jesus como um ato marcante, o mais sublime que ocorreu no planeta Terra.

Nós aprendemos a ver em Jesus o ser angelical que desceu a este orbe para trazer aos homens a luz imorredoura que emana de Deus, através dos Seus ensinamentos maravilhosos.

Mas nós, ao recebermos essa torrente de luz, essa água bendita para banhar os nossos espíritos, nos tornamos surdos aos seus ensinos e preferimos seguir os nossos anseios.

Nós não aprendemos a seguir o nosso Mestre, aprendemos sim a fugir de Suas palavras, a escarnecer, porque no momento em que tratamos mal o nosso semelhante, abrigamos o egoísmo em nosso coração, carregamos o ódio em nossa mente, nós estamos contrastando o Seu evangelho.

Por isso como espíritos libertos da carne nós aprendemos a reverenciar o Cristo, a reconhecer Nele a sumidade dentre os espíritos maiores a descer sobre a terra.

Ele é a luz do mundo!...

E o seu nascimento ocorrido num ambiente repleto de luz, numa manjedoura, em Belém foi para nós o acontecimento maior em todos os tempos, por que dali brotou a árvore que haverá de abrigar os anseios de todos os espíritos eternamente.

E o Cristo não nos esquece, pois no natal Ele faz com que essas árvores enfeitadas possam se encher de luz para abrir os corações dos homens.

Porque nós vemos na terra milhares de irmãos que têm o coração duro, difícil de lidar, e que, ao aproximar-se o natal, afrouxam-se os elos das correntes que os prendem e eles então, se tornam sensíveis e auxiliam as pessoas.

Começam a tratar melhor os seus semelhantes, melhorando o seu intimo. Infelizmente isso é momentâneo e não prossegue pelo ano seguinte.

Mas todos nós somos espíritos matriculados na escola da aprendizagem e se estamos na terra para lutar, aprender, desenvolver, nós também temos a oportunidade de crescer com Jesus.

Haveremos de abrandar o nosso coração através dessas noites natalinas e das orações que saem de nosso coração e que chegam até Deus.

Por que todos nós aprendemos desde criança a amar o natal. Ainda que fosse apenas para receber um humilde presente de nossos pais.

Porem o presente maior que Jesus nos deu foi o conhecimento de Seu evangelho de amor.

A sua luz gera dentro de nosso peito uma simbiose tão grande com Deus, o que faz com que nosso coração seja aberto, se torne translúcido e se encha de amor por nosso semelhante.

No dia em que a terra se transformar num planeta de regeneração, nós haveremos, se aqui estivermos, de reunir sob essa árvore primorosa, os nossos corações, e então, humildemente, agradecer a Jesus, praticando o bem aos nossos semelhantes, disseminando o Seu evangelho pelo mundo.

Então o homem haverá de ser feliz, haverá de carrear para dentro de si toda a felicidade do mundo por que na terra não haverá mais dores e sofrimentos, e sim existirá o auxilio mútuo entre os espíritos porque eles seguirão o mandamento maior do Cristo, que é “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

Que Jesus nos abençoe e nos dê um natal de luz e de amor.

Maria Daminelli Marini

Mensagem recebida por psicofonia pelo médium Luiz Marini, na noite de 10 de dezembro de 2008, em reunião pública, no Centro Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes de Pato Branco – PR.

domingo, 7 de dezembro de 2008

MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE MACHADO DE ASSIS

Os meus amigos internautas vão descer a lenha em minha cabeça dizendo que estou louco em relembrar Machado de Assis, o escritor que fez com que todos os estudantes de nosso Brasil queimassem a massa encefálica para aprender e decorar coisas de seus livros, em preparação para o vestibular.

Quem não ouviu falar dos livros Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, a mão e a luva, Dom Casmurro, Helena, Ressurreição, Iaiá Garcia, Esaú e Jacó, Memorial de Aires entre outros?

Também eu estive às voltas com o velho Machado de guerra, tentando aprender a sua maneira de escrever e o que escreveu para poder fazer jus à nota em literatura e passar no vestibular.

Alguns vão me dizer que errei no título deste despretensioso comentário com fundo espírita. Afinal o grande livro deste mestre foi o “Memórias póstumas de Brás Cubas” o que não confere com o titulo empregado: “Memórias póstumas de Machado de Assis”. Eu poderia ter colocado o titulo “Machado de Assis póstumo” e estaria tudo certo. Mas, preferi utilizar o mesmo título do livro que li e que relata os primeiros dias de vida do grande escritor no mundo espiritual.

Vamos aos fatos: como espírita, adoro estudar as nuances que ocorrem nas relações entre os dois mundos: material e espiritual. Há pouco tempo vi num catalogo de livros de onde abasteço minha biblioteca, que estava à venda um livro que contava a vida de Machado de Assis depois da morte. Achei interessante o fato e adquiri o mesmo. Terminei de ler o livro e fui pesquisar a biografia do grande escritor e ler o livro “memórias póstumas de Brás Cubas” para poder comparar o estilo do autor quando na carne e o estilo utilizado na espiritualidade. É o mesmo Machado de Assis, sem por nem tirar. O mesmo estilo, a mesma ironia, o mesmo humor. É ele em tudo e por tudo. Não existe diferença entre o vivo na terra e o vivo no mundo espiritual.

Tenho que parabenizar a médium Ismênia dos Santos, já desencarnada, de Belo horizonte, que recebeu pela psicografia este livro. Era praticamente desconhecida no mundo espírita. E Machado de Assis escreveu o livro através dessas mãos abençoadas no exercício de sua mediunidade, exatamente cinqüenta anos após o seu falecimento. Serviço portentoso e de grande coragem realizado por essa mulher. Se o amigo leitor pensa que é “moleza” o trabalho mediúnico de psicografia com os grandes escritores que se preste a fazer para ver quanto dói uma saudade.

Se antes não tinha predileção pelo Machado de Assis era por que não o conhecia bem. Na verdade ele era do século XIX, mas os seus escritos são atuais. Parece que ele fala das coisas do nosso dia a dia em pleno século XXI.

Sua biografia mostra que foi um menino pobre que perdeu a mãe bem cedo e também a única irmã. O pai, um pintor de paredes, casou-se novamente com Maria Ignes que lhe ensinou as primeiras letras e o trabalho honesto de vendedor de doces.

Para complicar ele era mulato, pobre, epiléptico e gago o que lhe valia chacotas de todo tipo das crianças da época. Aprendeu as primeiras letras com a madrasta, não freqüentou curso escolar regular, aprendeu francês com o forneiro de uma padaria, aprendeu inglês e alemão como autodidata. Traduziu para o português “Os trabalhadores do mar” de Victor Hugo e “o corvo” de Edgar Allan Poe.

Mas como todo defeito é pouco, o menino ainda tinha sonhos horríveis, que o deixavam com o moral lá para baixo. Somente o remedinho de chá de melissa de sua madrasta o curava.

Certo dia, aos dezessete anos, um senhor o convidou para trabalhar em sua gráfica como aprendiz. Aceito o serviço, começou a trajetória de sucesso desse homem que chegou ao cargo de secretario e de diretor geral de contabilidade do ministério da Viação.

Como escritor foi um sucesso. Era uma pessoa muito simples e quando publicou “memórias póstumas de Brás Cubas” pensou que se cinqüenta, vinte ou mesmo cinco pessoas lessem o livro já estaria feliz.

É considerado o maior escritor brasileiro de todos os tempos e um dos maiores do mundo. O critico norte-americano Harold Bloom considera Machado de Assis um dos cem maiores gênios da literatura de todos os tempos. Quer mais?

Nós não sabemos escrever duas linhas corretamente e do alto de nossa estultícia criticamos os escritores como se fossemos nós os donos da verdade.

Confesso que aprendi a gostar de Machado de Assis, por ser um homem que venceu os desafios da vida e por ser um escritor de alto gabarito.

Mas para mim o que importa é conhecer e falar sobre os dois tipos de vida desse espírito. Vida material e vida espiritual. E esse é o objetivo destas linhas.

Machado de Assis foi um homem probo que sempre pautou a vida no bem. Sempre trabalhou honestamente, casou-se com uma jovem portuguesa que havia chegado há pouco no Brasil, e a amou muito.

Foi presidente da Academia Brasileira de Letras até o seu desencarne. Não acreditava na vida após a morte. Era muito sincero com essas coisas. Sendo, pois, uma pessoa honesta e trabalhadora, já tem os seus méritos e é o suficiente para fazer com que se estude a sua vida. Os probos merecem que se ganhe um tempo para conhecer a sua passagem pela Terra.

Os meus amigos devem estar curiosos para saber o que aconteceu com o grande Machado de Assis depois de sua morte. Vou contar sem muitos rodeios como ele mesmo o fez. No livro, Machado não conta em detalhes os locais por onde passa, as pessoas com quem mantém contato, o que dificulta um pouco o estudo. Mas vamos em frente com sua história que a curiosidade é grande.

Machado de Assis narra que após o desencarne ficou como que perdido, pois, via o seu corpo num caixão, e se reconhecia em outro corpo, com o pensamento que girava, na sala do velório. Imaginem o problema para o homem que não acreditava que havia vida depois da morte, encontrar-se vivo, olhando o seu corpo inerte ao lado. Foi demais para a sua cabeça. Sentia ainda os reflexos da doença que o vitimou.

Quando queria se afastar dos despojos, sentia um choque e acabava por voltar para perto do corpo. Ouvia os amigos dizendo que ele, o grande Machado de Assis, estava morto. Como morto? Não estava morto porque podia ouvi-los, sentia dores, pensava, sofria...

Quando vestiram o fardão da Academia Brasileira de Letras em seu corpo material, sentiu no corpo espiritual tudo quanto faziam na matéria morta. Seus corpos estavam interligados como numa simbiose.

Quando o cortejo seguiu para o cemitério de São João Batista, debaixo de uma garoa fina e fria, caminhava ao lado do caixão, de pés descalços, sentindo a friagem que subia pelo corpo.

Depois do enterro chamou duas senhoras. Uma delas, com mediunidade de clarividência, viu o Machado de Assis, magro, de barbas brancas, doente, e gritou para a amiga que estava vendo um fantasma. O escritor se afastou e voltou para sua casa. Entrou pela porta que estava fechada e chamou por seu mordomo que não o escutou.

Precisando de óculos, pois estava enxergando pouco, desceu a rua até a casa de um compadre que tinha uma ótica. Não foi recebido na casa, pois o homem não estava. Saiu à rua e perguntou a um transeunte por que o comércio estava fechado. Recebeu como resposta: por que morreu o Machado de Assis. Voltou para casa e se sentiu solitário como nunca.

Ouviu vozes que o chamavam para segui-los para outro mundo. Reconheceu Maria Ignes, sua madrasta, que o recosta numa almofada e então viaja por um oceano azul. Depois que acorda, sobem uma escada com perto de mil degraus e se vêem num porto feliz. Ele descansa numa praia e seguem depois para uma praça da cidade, onde centenas de pessoas passam com livros e apostilas nas mãos. São estudantes.

Entram numa casa onde são recebidos por Paula Brito, o homem que lhe deu o emprego em sua livraria. Numa sala está o quadro a óleo retratando a sua amada Carolina. Vão para o quintal onde comem laranjas com casca e outros frutos. Sua mãe Maria Leopoldina está presente, com uma moça chamada Leonor.

Depois Machado de Assis recebe a visita de uma menina que se transforma numa moça muito bonita. Ela lhe dá um buquê de flores e agradece a poesia que recebeu quando na terra. Diz que morreu jovem e que os pais foram por ele confortados. Abraçou-o e lhe deu um bilhete dobrado onde Machado leu a poesia que lhe dedicara quando menina. O grande vate chorou copiosamente.

Voltaram para a praça e entraram num edifício suntuoso, onde Machado recebeu uma homenagem de escritores, que lhe disseram que o seu antigo lugar estava reservado, pois cumpriu integralmente a sua missão na Terra, e honrou a tradição espiritual. Foi muito aplaudido.

Em seguida, os três viajaram pelo espaço num veiculo parecido com uma carruagem, até uma cidade distante, que se via dali, como um ponto azul. Era a cidade azul.

Ali, Machado de Assis reencontra a sua amada Carolina, que se veste de pétalas de rosas brancas. Ele também troca o seu traje espiritual por uma túnica. Tudo isso pela força do pensamento construtor. Carolina havia plasmado uma casa exatamente igual a do Cosme Velho onde moravam no Rio. Dezenas de escritores, músicos e amigos homenageiam Machado de Assis e Carolina fala sobre a sua volta à espiritualidade. Ele também fala à platéia e dedica um soneto à sua amada.

Mentalmente Paula Brito pede a Machado de Assis que o encontre na rua. Seguem em missão até Londres para mudar a sentença que um juiz faria e que prejudicaria imensamente a obra que os espíritos estavam realizando. Machado de Assis fez uso de sua mestria em escrever e com o consentimento divino faz com que o juiz modifique o seu pensamento e escreva o que era justo.

Quando voltam ao lar, Machado encontrou-o iluminado com cores azuis. Sentou-se ao piano e tocou algumas notas. Carolina chegou e convidou-o para cear sucos de morangos.

Dezenove anos depois ele volta ao Rio de janeiro para rever os amigos. Carolina agora chamada Leda, e Machado de Assis, revendo os arquivos espirituais souberam que ele se chamou Sterne em outra vida e que já havia vivido na Inglaterra e que fora um famoso escritor.

Em tempo. Quem quiser aproveitar e se deliciar com a leitura deste livro, pode adquiri-lo através do www.comecebem.com. Ou pelo fone 0800.160.560

Luiz Marini 22 de novembro de 2008

domingo, 30 de novembro de 2008

A ETERNA PROCURA

Maria de Magdala é um dos maiores exemplos de todos os tempos quanto à transformação de uma pessoa. Antes de conhecer Jesus de Nazaré, ela vivia em meio a festas e loucuras advindas da promiscuidade com os homens mais ricos e poderosos que permaneciam em sua cidade. Eram comerciantes, generais, sultões, ricos proprietários de terras que pagavam absurdos em dinheiro para desfrutar momentos idílicos com a mulher mais linda que o mundo conhecia ou alguma de suas favoritas.

Maria de Magdala vivia na maior das opulências enfeitada com os mais belos ornamentos que se possa imaginar. Tecidos provindos dos mais remotos lugares, comidas as mais deliciosas, uma verdadeira mansão para se abrigar e os mais diferentes serviçais que estavam sempre prontos para satisfazer os seus desejos.

Ela tinha uma vida de rainha, cercada de todos os prazeres possíveis. Uma jovem dos dias atuais certamente perguntaria o que seriam os prazeres daquela época, que não tinha shopping center, auto-estrada, carros luxuosos, motos possantes, aviões, iphone, Internet, passeio no espaço e na lua, televisão, cinema, celular, notebook, playstation, e outras modernidades mais.

O que é que tinha de interessante naquela época? Puxa vida. Coisa difícil descobrir. Mas vamos por partes: para uma jovem bonita como Maria de Magdala, o mais importante era receber os homens em sua mansão, pois isso rendia dinheiro e fama. Depois, nas horas de folga, poderia passear de barco pelo mar de Tiberiades, ou mesmo bronzear a pele em suas areias ardentes, visitar algum monumento erguido à honra dos romanos que tudo dominavam, conhecer lugares novos em viagens de recreio, fazer compras nos mercados das cidadezinhas próximas, perder um tempo em conversa com os amigos, tomar um chá no fim de tarde, ouvir as fofocas da grande Jerusalém. O que mais?

Magdala era uma cidade próspera, mas que ficava num fim de mundo, pois lá na região do lago de Genesaré só havia lugarejos simples com moradores mais simples ainda, que só viviam para esperar o tempo passar, na maior das modorras possíveis.

Em Cafarnaum, cidade cravada à beira do Mar da Galiléia, é que Jesus decidiu morar na casa de um pescador chamado Simão Pedro. Lugarejo pequeno, com a maioria da população formada por agricultores e pescadores, e que tinha um pequeno destacamento de soldados romanos.

A casa de Pedro ficava à beira do lago e era um local agradável e bucólico. Também pudera, com o Mestre Divino morando ali, tudo teria que ser o mais perfeito possível, pois que Ele atraía beleza sem fim. Sua presença modificava as paisagens e por certo, um pedaço do céu ali se formou. Felizes os que puderam sentir a Sua presença e vivenciar os Seus ensinos.

Maria de Magdala certa feita ouviu Jesus falando sobre as bem-aventuranças do Reino de Deus. Ficou impressionada com os ensinos que ouviu daqueles lábios doces. Tanto ficou exaltada que passados alguns dias, logo ao escurecer, chegou na casa de Pedro e pediu para falar com Jesus. Foi atendida pelo Mestre, que a convocou ao trabalho da Boa Nova. Sentiu que poderia reformular o seu modo de pensar e agir. Maria transformou o seu coração, distribuiu os seus haveres e, levando apenas o essencial, passou a seguir Jesus em suas andanças.

Logo ficou conhecida por adentrar a casa de Simão e derramar ungüento de alto valor nos pés de Jesus e enxugá-los com seus cabelos. Esteve sempre junto a Jesus em todos os momentos, tornando-se uma das figuras exponenciais do Evangelho.

O Divino Cordeiro apareceu primeiramente a essa mulher quando de sua ressurreição e retorno ao convívio com os apóstolos.

Depois, ela seguiu com os apóstolos para Cafarnaúm, onde trabalhou nos mais diversos serviços para poder se manter. Quando os últimos apóstolos rumaram para Jerusalém, onde começariam o trabalho de difusão do Evangelho de Jesus, Maria foi discriminada por eles e somente conseguiu seguir para a cidade santa junto com leprosos. Permaneceu com eles, no vale dos leprosos, ensinando a Boa Nova, até que a lepra começou a tomar conta de seu corpo. Seguiu para Éfeso onde estavam João Evangelista e Maria de Nazaré, pois desejava abraçá-los antes da morte.

Morreu atendida pelos cristãos de Éfeso e em espírito, reencontrou Jesus à beira do lago de Tiberíades, como coroação do êxito de sua missão na Terra.

Maria de Magdala foi o exemplo vivo de quem está eternamente procurando por algo a mais na vida. Ela tinha tudo o que alguém poderia ter naquela época. Só não tinha o verdadeiro amor, aquele amor que machuca e fere sem cessar, quando não se está em consonância com ele. É o amor que vem das alturas do céu e que só entende quem trabalha com este tipo de sentimento.

Ela reencontrou o verdadeiro sentido da vida depois que conheceu Jesus. Transformou seu coração e começou a lutar por este ideal. Doou sua vida, seu corpo, seu espírito, para que pudesse alcançar o objetivo maior que era vivenciar os ensinos de Jesus Cristo. Imolou-se a vida toda até alcançar a redenção espiritual.

Vejo também nos médiuns espíritas-cristãos o mesmo sentido de trabalho que Maria de Magdala teve, pois quem é médium com o caráter cristão, sente o mesmo desejo de seguir Jesus com a mesma audácia de Maria de Magdala.

Quem segue verdadeiramente os passos de Jesus não se conforma com a mesmice de todos os dias. Com os mesmos ensinos, com as mesmas frases, com os mesmos conhecimentos. O trabalhador cristão procura por algo a mais. Está sempre em busca de novos conhecimentos, de novas energias, de novas atitudes, de novos horizontes.

O seu descanso é o trabalho pelo próximo. Ele compreende que é parte atuante de um universo que marcha para a perfeição e não se contenta em ficar parado esperando o tempo passar. A cada novo conhecimento que adquire exulta de felicidade, em cada ação benemérita sente-se feliz, em cada trabalho executado, vibra por ser um personagem útil no mundo.

A eterna procura cala fundo no coração de quem já atingiu os parâmetros norteados pelo Evangelho de Jesus. E são esses trabalhadores que Deus quer que andem pelo mundo, pois eles fazem a diferença na hora de falar e promover as ações oriundas dos ensinamentos do Cristo.

Nós podemos reconhecê-los por muito amarem a Jesus e por muito fazerem pelo próximo.

São eles os maiores representantes do Cristo na Terra, e por certo, os encontraremos em meio às maiores tempestades, às maiores lutas, aos mais terríveis embates, pois nessas condições é que Jesus os auxilia e os ampara.

Luiz Marini 13-11-08

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

MARIA ROSA - BREVE HISTÓRICO

Maria Rosa é a grande heroína da Guerra do Contestado que ocorreu no território de 40.000Km² disputado pelos estados do Paraná e de Santa Catarina, entre as cidades de União da Vitória, Irani, Caçador, Curitibanos e outras.

A Guerra do Contestado ocorreu por que o governo federal, com a construção da ferrovia ligando o estado de São Paulo ao Rio Grande do Sul, na passagem da estrada por esta região, determinou que 15 Km de cada lado da ferrovia seriam terras devolutas e que as mesmas pertenceriam então aos construtores da mesma, a empresa americana Brazil Railway Company e a Southern Brazil Lumber & Colonization Company, que deveria colonizar as terras com pessoal estrangeiro.

Os colonos que moravam na região foram expulsos de suas terras de forma violenta. Acrescente-se a isso o término da construção da ferrovia e a demissão de mais de 1.000 trabalhadores que ficaram sem serviço e o surgimento do monge José Maria que incitou o povo à guerra.

Foram quatro anos de guerra (de 1912 a 1916) entre os revoltosos e as tropas do governo federal. O primeiro combate foi em Irani, onde morreu o monge José Maria, mas com vitória dos revoltosos. Os nativos vão para Taquaruçú, onde erguem um povoado com mais de 700 pessoas. Em 1914 o reduto é destruído.

Os sertanejos vão para Caraguatá, onde surge Maria Rosa, moça de 15 anos, mística que detém dotes mediúnicos e que comanda 5.000 pessoas. Em 1915 o reduto cai em virtude das escaramuças com os “peludos”, a fome e a doença.

Seguem então para Pedras Brancas e Maria Rosa comanda a retirada. Adeodato assume o comando traindo Maria Rosa. Em 28 de março de 1915, Maria Rosa é morta em batalha às margens do Rio Caçador.

Montam outro reduto em Santa Maria, que é destruído em 03 de abril de 1915. Adeodato foge e é preso em 16 de agosto de 1916, colocando ponto final na Guerra do Contestado.

Maria Rosa era uma moça de apenas 15 anos quando surgiu como figura exponencial na Guerra do Contestado. Era médium de clarividência e clariaudiência, o que a fazia ver e ouvir os espíritos dos monges João Maria de Agostinho e José Maria. O povo tinha os místicos em grande valor por que eles anunciavam a vitória final dos sertanejos contra a opressão do governo, que desejava a todo custo fazer com que a região fosse colonizada pelos estrangeiros.

Maria Rosa teve grande influência nessa guerra, pois comandou mais de 5.000 pessoas em batalhas contra os soldados do governo federal. Ela falava sobre as experiências mediúnicas que tinha com os monges e relatava os seus conselhos sobre o prosseguimento da guerra. Ditava as ordens do que tinha que ser feito em cada ocasião, quem tinha que fazer o que e como fazer para obter sucesso nas empreitadas.

Taquaruçú foi destruída em 09 de fevereiro de 1914, e logo em seguida, foi erguido o reduto de Caraguatá, o que quer dizer que Maria Rosa apareceu como a mais importante personagem da Guerra do Contestado no inicio de 1914, terminado a sua participação com sua morte numa batalha em 28 de março de 1915. Durou apenas um ano e alguns dias o seu reinado como a Joana DÁrc do sertão, cognome pelo qual ficou conhecida.

Maria Rosa usava um vestido branco, enfeitado com fitas verdes e azuis, e penas de diversas cores. Seu fuzil também era enfeitado de fitas. Seu cavalo branco tinha arreios cobertos de veludo.

Ela era imponente quando montada em seu cavalo à frente de seu exército. Lutava como os mais bravos guerreiros e incitava os comandados a vencer sempre.

Com a sua morte em 1915, ela passa a vagar pela região, como mais uma das vitimas do conflito, pois quem morre no ardor das batalhas, geralmente demora algum tempo para readquirir consciência do seu estado como espírito desencarnado.

Depois de alguns anos no plano espiritual, as entidades superiores programam uma encarnação para ela numa cidade dentro da região do Contestado. Essa encarnação dura pouco mais de vinte anos, mas lhe proporciona a oportunidade de renovação de seus caminhos que agora estão inteiramente voltados para o bem. Temos que entender que Maria Rosa foi fruto do meio onde vivia e que guerreou dentro uma causa justa, que era a defesa de sua terra. Por isso essa guerreira foi inigualável no papel que desempenhou na guerra do Contestado.

Como Maria Rosa, ela não sabia ler nem escrever. Nessa nova encarnação ela foi à escola e aprendeu muito e também recordou o que já havia aprendido em reencarnações anteriores.

Depois do desencarne, ela se sentiu fortemente atraída aos mesmos redutos onde vivera como Maria Rosa e passou a vagar novamente pelos campos e cidades da região do conflito, junto com centenas de companheiros que foram seus comandados. As reminiscências da guerra estavam tão fortemente imantadas nesses espíritos o que fez com que eles andassem pelos mesmos locais, em atendimento à sua memória.

Esses espíritos ficaram vagando a esmo pela região, até o ano de 2008 quando Maria Rosa compreende que é chegado o tempo de renovar seu coração e pede a Jesus que a auxilie.

Como resposta ao seu pedido o Mestre envia Bezerra de Menezes para auxiliá-la no desiderato. O médico dos pobres utiliza então o Centro Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes onde atua como dirigente espiritual desde sua fundação em 1965, e que está situado na Rua Tupinambá nº 571 em Pato Branco para realizar o seu trabalho de amor.

Em 01 de outubro de 2008, durante palestra no Centro Espírita, uma jovem perguntou se Maria Rosa, uma das líderes dos revoltosos, via, ouvia e incorporava o espírito de José Maria, o monge que incitou os colonos a defender o seu chão. Nossa resposta foi que a história conta que ela realmente se comunicava com o espírito citado.

À noite o Dr. Bezerra nos pediu para pesquisar o conflito, o que foi feito no outro dia. A seguir o mentor nos pediu se tínhamos interesse de auxiliar num trabalho de resgate dos espíritos ainda vinculados a essa guerra. Respondemos que isso seria para nós uma honra. Ele nos disse que não deveríamos temer qualquer coisa. Só confiar em Jesus.

No primeiro momento em que nos pusemos a meditar, chegaram os mentores trazendo o espírito de uma moça que conversou mentalmente conosco. Com ela estava o seu grupo de companheiros. Na outra quarta-feira, durante a palestra sobre o Contestado, ela pediu permissão e contou de viva voz a sua história, que foi gravada e reproduzida no papel.

Era o espírito de Maria Rosa que se comunicava.

Abro uns parênteses para dizer aos meus amigos que na internet tem pouquíssima informação sobre Maria Rosa. E era ela quem Dr. Bezerra trouxe ao Centro Espírita.

Na história essa heroína conta que permanecia com centenas de companheiros desencarnados vagando pelas terras onde havia ocorrido o conflito. Muitas vezes ficava nos museus onde via as pessoas modernas chegar e olhar as relíquias da guerra. Até que lembrou de Jesus e pediu auxílio.

No que foi prontamente atendida através da falange do Dr. Bezerra. O médico dos pobres trouxe esses espíritos até nossa presença. Ela e os companheiros foram encaminhados a uma cidade espiritual onde receberam tratamento e puderam ver num filme tudo quanto vivenciaram na guerra. Viram também que Jesus permitiu que centenas de companheiros mortos no combate, voltaram à terra reencarnando nas famílias dos novos proprietários e dos antigos coronéis e fazendeiros, assumindo com a morte destes o domínio das terras pelas quais morreram lutando. Voltava assim o comando das terras aos legítimos proprietários.

Maria Rosa tem se comunicado seguidamente com o médium e com os seus amigos no Centro Espírita.

Ela conta que faz parte da família espiritual da dona Maria dirigente que muito trabalhou pelo Centro Espírita e que agora, no mundo espiritual continua com grande atuação junto a essa casa de amor.

Diz que reencarnou muitas vezes nessa família e que esse foi o ponto de convergência que levou o Dr. Bezerra a conduzi-la a esse Centro Espírita para ser auxiliada.

Maria Rosa está estudando no mundo espiritual e demonstra uma capacidade muito grande de aprendizagem. É um espírito estóico e de grande valor.

O Dr. Bezerra designou a ela e a seus comandados que trabalhem junto com o médium e seus guias espirituais, no difícil serviço de retirar das regiões inferiores os espíritos que sofrem e que já estão em condições de receber auxilio do alto.

As batalhas são muitas por que os espíritos voltados ao mal fazem de tudo para que seus prisioneiros não se libertem de suas garras inclementes.

Esse é o aprendizado maior de Maria Rosa: utilizar seus dotes guerreiros, a sua coragem e valentia para adequar os meios utilizados pela espiritualidade superior no intuito de auxiliar os espíritos que sofrem, retirando-os de locais sombrios, levando-os às regiões de luz.

André Luiz diz que quando um espírito sofredor é liberto e transformado em trabalhador do Senhor, fazem festa no céu.

Essa é uma maneira muito dinâmica de fazer a transformação da Terra de um planeta de expiação para um planeta de regeneração, como preconiza a Doutrina Espírita.

Como diz o Mestre Jesus: “andai enquanto há luz”! Não podemos deixar para amanhã o que podemos fazer hoje. E esse trabalho de resgate de irmãos que se debatem em sofrimento deve ser feito com urgência.

Maria Rosa se apresenta como uma menina-moça de 16 anos, com estatura mediana, pela clara, bronzeada pelo sol, rosto perfeito com olhos negros, sobrancelhas bonitas, nariz reto e boca saliente. Tem um sorriso encantador. Os cabelos são negros, cacheados e caem pelos ombros até a altura da cintura. É uma moça muito bonita, que encanta a todos, pelo seu carisma e simpatia.


Luiz Marini – 09 de novembro de 2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

MÃE SANTÍSSIMA

Mãe Santíssima,

Mãe de todos nós,

Mãe do Mestre Jesus

Mãe dos que andam a sós.

Doce visão do amor celeste,

Brilhando, bailando,

No azul do céu

Fulge, cintilando.

Sua luz reflete

No infinito profundo

Onde a visão se esvaece

E se perde nos confins do mundo.

Essa escultura perfeita de mulher

Radiante de amor e luz

É a meiga, generosa,

Humilde madona de Jesus.

Glória, altíssima,

Mãe de amor,

Mãe Santíssima

De Jesus, Nosso Senhor!...

A narrativa de Lucas

Lembra o novo e o velho

Nas brumas do tempo

Nas letras do Evangelho,

No coração de uma mulher

Cheio de amor e de fé

De um vilarejo humilde

Da região de Nazaré.

Essa jovem recebe a visita

Do anjo Gabriel,

Espírito de luz

Do Pai, um escudeiro fiel.

Anjo altaneiro que conduz

Um luzeiro resplandecente

E vem anunciar

Para a jovem inocente:

Que ela é a escolhida

A jovem agraciada,

Bendita entre as mulheres

Rosa mística e amada.

Bela flor do infinito

Maria será o elo, a ligação,

Entre a carne e o espírito,

O retrógrado e a evolução,

Deus e o homem

O celeste e o material

O macro e o micro

O anjo e o animal.

Na seara o joio e o trigo

Terá a separação final;

Entre o céu e a terra

A bênção do sopro divinal.

Maria formará o corpo

Para abrigar a safirina luz

O Espírito Divinal

Do Mestre Jesus.

O desejo maternal

Explode no peito juvenil

E a bela donzela entende

A missão grandiosa, sutil,

Firmada no mundo espiritual

E para ajudar a humanidade

Recebe Aquele que reinará

Por toda a eternidade.

Surge o sonho de bonança

Na meiguice de um menino

Na face meiga de Jesus,

Na luz do Seu olhar divino.

A jovem, em êxtase,

Repete ao anjo sublime:

“Eis aqui a serva do Senhor”:

Frase que a humanidade redime.

Esta sentença

Ainda percorre o tempo,

Exaltando a força

Que transcende o pensamento.

A rosa mística de Nazaré

Essa flor belíssima,

É Carinhosamente chamada

Por Mãe Santíssima!...

Espírito puro, milenar,

Pertence à plêiade superior

Exala o olor da primavera

Da falange do Senhor.

Maria de Nazaré...

Mãe Santíssima!...

Esplende exuberante,

Como flor amabilíssima,

Formosa e perfumada,

Na mais linda primavera

Que Deus semeou

Por sobre a Terra!...


Luiz Marini novembro de 2008

Mensagem de um jovem para sua família

MENSAGEM PSICOFÔNICA DE UM JOVEM DESENCARNADO EM ACIDENTE AUTOMOBILISTICO, PARA OS PAIS E IRMÃOS NO DIA 10-10-08 NO CENTRO ESPIRITA DOUTOR ADOLFO BEZERRA DE MENEZES, DE PATO BRANCO – PR, ATRAVÉS DO MÉDIUM LUIZ MARINI.

Quanta luz!

Jesus me permitiu vir. Agora, agora conheço e agradeço...

Jesus me permitiu vir ver a senhora, sabe por quê?

Porque eu não obedeci a senhora. A senhora me dizia “Te cuide meu filho!”, e eu não me cuidei!

Andava sempre junto com meus amigos pensando que era o melhor para mim.

Nesta nova vida, Jesus me mostrou, então, que as loucuras que eu fazia eram coisas que vinham de outros tempos, que eu tinha que enfrentar meu espírito, que eu precisava quebrar meu espírito. Ah, e só fui compreender isso depois que cheguei à espiritualidade. Ah, eu juro por minha avó, que mudei, e, minha avó diz que eu tenho que pedir perdão para vocês!

- Eu já te perdoei filho, te amo meu filho! – Disse a mãe.

Quantas noites eu vi vocês, acordando de madrugada, rezando por mim, e eu não sabia o que fazia.

Quantas noites em claro a senhora passou, e eu sem cabeça, nunca te obedeci e ia atrás dos meus amigos. Mas eu sei, não eram só as companhias não, eu tinha que pagar alguma coisa, eu acho, de outros tempos que me fizeram deste jeito. Vivia maluco, para correr, para andar, eu não tinha paz e a minha casa, ah, a minha casa era aqui na frente do Centro Espírita.

- Quantas vezes a mãe disse C..., vai filho para o centro!

Porque eu não vim no centro? Tinha uma força negativa que me puxava e então eu pereci.

- Mas eu te perdoei filho. Eu te amo meu filho, te amo demais – disse a mãe.

Eu sei disso. Eu sei que na verdade tinha muitas coisas inferiores me incomodando; eu não tinha paz, não encontrava paz, então eu corria, quando saía com meus amigos.

Ai. Eram maus caminhos. Eu fui ver no mundo espiritual que nós, ah, nós somos espíritos que andamos juntos. Quantos somos nós que andamos juntos?... E eu sempre fui rebelde e vi também que em outra vidas fui rebelde com você. E Deus me disse, nós viemos para acertar as contas e eu não quis, porque se tivesse vindo no Centro, eu teria criado juízo, teria feito a coisa certa. Ah! Como teria feito coisas certas! Eu seria como meus irmãos, que eu sei que eles te ajudam.

- Mas você era bom também, você ajudou muito as pessoas e era muito bom.

- Eu tinha bom coração, mas não tinha cabeça, não tinha cabeça!

- Você tinha coração. Eu te amava demais filho!

Imagine se eu tivesse trabalhado com eles, junto com eles neste lugar. Que jovem que eu seria! Mas vamos esquecer!

- Sim!

Porque o Dr. Bezerra me disse assim, e nossa mãe Maria, ah que espírito bom, ela vem todo dia me ver, conversar comigo, me explicar as coisas e trouxe livros para eu ler, para aprender.

Ele me disse assim que se eu não tive oportunidade de aprender enquanto estive na terra agora vou ter oportunidades no mundo espiritual.

Por isso agora eu estou feliz, sabe por quê? Vocês me perdoaram. Não era bem eu, era a influencia negativa que eu tinha, e tinha uma sina de outra vida que me perseguia e eu não tinha paz, não tinha paz!

Mas agora eu tenho paz. O Doutor Bezerra me levou numa cidade onde eu não mereço estar, junto com meus amigos de espírito, junto com meus parentes. A avó Maria vem me visitar todos os dias, e ela vêm com uma moça muito bonita chamada Marion, que ajuda a me tratar, me traz livros e conversa comigo durante longo tempo.

Ah, eu sou outro espírito, e sou feliz!

- Que bom!

Eu sei que vocês agora estão no caminho certo, amando, fazendo o bem, entendendo a mediunidade, entendendo as pessoas e eu estou sempre junto com vocês aqui no Centro.

Eu não vejo a hora de poder trabalhar com vocês aqui. E eles me dizem, que com o tempo, eu vou melhorar muito, eu vou ser um espírito de bastante luz, vou trabalhar bastante, e daí Deus vai me permitir que eu volte na família de vocês. Talvez seja daqui a dez, vinte, trinta, cinqüenta anos, não importa.

Eu vou voltar aí, mas também, eu vou ao Centro desde pequeno, vou aprender a ser bonzinho, vou aprender a entender Jesus, aprender a mediunidade, e nunca mais vou fazer estas coisas que eu fazia.

Por isso, tenham calma, deixem que o tempo nos ajude. O tempo vai varrer todas estas mágoas. Eu agora estou bem, não tenho mais as perturbações de antigamente que incomodavam o meu espírito.

Por isso, avisem àqueles jovens, aquelas pessoas que não tem o espírito equilibrado, que estão em desunião consigo mesmas, que não tem paz um segundo sequer, avisem que venham no Centro, que não custa nada. Este meu aparelho (o médium) atende todas as pessoas; nunca vi ele negar alguma coisa a alguém.

Ele atende, ele conversa, podem vir. Muitas, muitas pessoas morrem, se suicidam porque eles não tem entendimento de Jesus. Se vocês vêem alguém assim mande vir.

- A mãe manda, mas eles são rebeldes e não obedecem.

Eu sei que teus vizinhos não querem nada daqui.

- Eles se afastaram até de mim porque eu venho no Centro.

Você fez a sua missão, sua missão se cumpriu.

- Falei muito para eles e daí eles se afastaram de mim, me deixaram sozinha aqui.

Você não está sozinha, você tem a gente. Tem seus filhos, teu marido que é meu pai. Você sabe disso. Tem estes amigos aqui no Centro, que este Centro é nosso. Sabia que é nosso?

- Sim, é nosso.

Doutor Bezerra disse que é nosso e então eu digo que é nosso.

- É nosso, eu também digo que é nosso, tem um pedaço meu aqui também.

Eu não sei, mas é nosso!

É nosso. Esta casa tem um dono? Tem um dono, mas ele é Jesus. Ele é o único proprietário desta casa. Tem o Doutor Bezerra que a gente ama tanto. Se a senhora soubesse como ele me ajudou. Que espírito lindo!

- Que bom saber que você está bem filho.

Eu estou bem, tenho saudades de vocês, mas quando bate a saudade eu vou lá à casa de vocês e toda quarta eu venho aqui. Por isso não chore mais viu mãe, não chore mais.

- Seja feliz, tenha muita luz, muita paz.

Não chore mais. Um dia nós vamos nos encontrar na espiritualidade.

- Eu choro porque eu te amo meu filho, te amei demais.

Peço-te perdão porque eu errei mãe.

- Não, você foi bom para mim.

Eu queria ser igual a estes meus irmãos, estes sim.

- Você só soube trabalhar nesta terra, trabalhou demais meu filho.

Jesus abençoe a todos nós e abençoe a senhora.

- Um abraço filho, um beijo querido!

Abençoe a senhora.

- Te amo filho, te amo demais!

Amo-te também. A senhora não sabe o quanto...

- Te amo filho, te amo!

E não chore! Agora a Dona Maria me falou que quando eu quiser eu posso vir. Obrigado pai.

- Eu te amo! – Falou o pai.

Não se culpem de nada, viu. Eu sei que em seu coração tem ressentimento, você pensa muitas vezes assim, sozinho, que você teve culpa. Você não teve culpa de nada. Acho que era o meu destino, porque a paz que procurava não achei. Não pense assim porque você não tem culpa de nada. O culpado sou só eu neste caso. Se eu obedecesse vocês, eu seria outro. Eu obedeci até certo ponto, até certo ponto...

Obrigado! Que Jesus abençoe vocês.

Não chore, não chore, não chore.

Eu envelheci vocês, eu poderia ser um médico também... Mas tudo bem, cumpro com vocês a minha missão, eu vou cumprir aqui no Centro, e depois eu volto para a Terra. Ainda vou ser o nenê de vocês, pequenininho, mas forte. Jesus abençoe esta terra e nos receba em paz. Um abraço bem forte viu, para o F....

Ah, eu vou te dizer uma coisa agora, viu mãe, este aparelho falou para o F... Quando ele foi trabalhar lá naquela firma, na C... Leva alguma coisa para comer lá, não corra para frente e para traz de carro porque a estrada é perigosa. Até que aconteceu um problema não é, mãe.

- Aconteceu.

E este meu aparelho falou para ele com o maior coração, porque ele previa que ia acontecer alguma coisa e graças a Jesus, foi tirado o mau caminho e não foi nada mãe.

- Foi.

Viu, faça para ele uma marmita e diga para ele isto que estou dizendo: Que ele fique lá.

- Eu já falei para ele.

Esquente, almoce lá. Faça assim, uma comida leve. Que ele coma bem de manhã, uma comida leve no almoço e coma bem à noite. Que ele não ande nestas estradas. Isso meu médium falou para ele.

- Também eu falei para ele que não é para viajar e ele continua viajando.

Não, mas as viagens com a firma tudo bem. Sabe por quê? Ele precisa. Isso ele precisa fazer. Mas cuida deste negócio que eu falei. Ta bom?

- Sim, eu vou dizer para ele.

Eu tinha avisado através deste aparelho meu. Graças a Jesus foi desviado um mal maior.

- Para eles não aconteceu nada.

Viu, ele vai ver que dentro de cinco, seis, dez dias ele vai estar acostumado. Ele almoça, pode dormir um pouco lá porque o tempo de correr ele descansa e não tem o perigo da estrada.

- Sim, já falei isso para ele, muitas vezes eu falei.

Diga que eu falei isso para ele agora ta?

- Sim. Obrigado viu C... Obrigado!

Não faça como eu fiz que não obedeci a vocês.

- Fazer o que, você era novo ainda.

Manda aquele abraço para o F... Para o V... também.

Nós somos quatro irmãos com coragem. Não é porque eu estou na espiritualidade que não sou mais irmãos de vocês. Agora eu sou mais irmão ainda.

- Obrigado C...!

Quatro homens sem medo.

- Obrigado por vir aqui. Que bom estarmos juntos outra vez.

Obrigado e que Jesus te abençoe! Você merece. Que Ele ajude a você.

Deixa eu dar um abraço nesta doce mulher. Que bom ver você bem. Não chore mais, já falei que eu também não vou mais chorar. Cuide bem da Cris, cuide desta mediunidade linda que vocês têm. E sabe o que eu gosto no estudo Cl...? É que se vocês não quiserem nem trabalhar não precisa né. Só senta ali, descansa e deixa que este meu aparelho trabalhe né? Todos os pepinos ele cuida. Então você só vem ali e descansa. É brincadeira. Com o tempo quero ver vocês enfrentarem estes espíritos ruins aí meus irmãos.

Jesus te abençoe. Que Ele te de a luz minha irmã. Olha como eu estou chorando. Não devia não é?

Este meu aparelho quase nunca chora, ele enfrente no osso do peito todas as coisas. Sabe disso? Solidão, tristezas, mágoas muitas vezes. Não chorem, tenho que vir eu aqui para chorar não é? Ele (o médium) me obedece. Que Jesus te abençoe. Desejo toda a luz no seu coração. Não chore. Não chore mais, ta bom?

- Te amo filho, te amo demais!

Fale para o F o que eu falei pra você, ta bom?

- Sim, eu vou dizer para ele. Te amo filho.

A avó está super bem.

- Minha mãe?

Sim.

- Querida, está linda, sabida não é? Que bom que ela veio também falar comigo, fiquei muito feliz.

Sim, ela é um espírito muito bacana. Qual é o neto que não adora as avós? Não, me fala. Todas as avós. Estes dias falaram para este aparelho assim, para esse médium, disseram assim: o que é um avô? Avô, disseram para ele, “Avô é um burro que o filho amansa para o neto montar”.

- (Risos).

Ele me falou que isso é verdade.

- Seja feliz lá com a avó.

A vovó que gosta muito de mim.

- Seja feliz lá com a avó e o avô.

Eles estão sempre junto de mim. E com vocês também. Eu estou sempre junto com vocês.

- Que bom. Obrigado!

Desculpe todo esse choro. Desculpe. Meu irmão gostei de ver você, viu? Se eu tivesse obedecido bem, eu estaria aqui com vocês trabalhando não é? Aqui no Centro. Mas tudo bem, isso é coisa que passou. Que Jesus abençoe vocês!

- Que assim seja!

Nós todos somos irmãos. Dou a bênção a vocês. Que bom rever vocês. Vocês são os nossos companheiros.