quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Renovação da Juventude

Meus amigos, decidi escrever sobre um assunto que muito poucos se fala em relação ao modo que deve ser respeitado, baseando-se em experiências e conhecimentos que adquiri.

Há tempos não freqüentava mais bailes e eventos onde a juventude se reúne para diversão, namorar, encontrar amigos.

Convidado para uma formatura de segundo grau por uma amiga minha, então, decidi comparecer na mesma.

Há tempos não ouvia mais a música estridente, alta e forte, mas sem destino, apenas como um grito ecoando pelo ar sem algo que se possa compreender.

O que você sente, quando vê centenas de jovens, e até pessoas maduras (de idade) numa Dança na qual a letra da música fala apenas em sexo e sensualidade, sem o mínimo de respeito que se mereça?

Não consegui ficar por muito tempo, e me disseram “O que você está fazendo aqui? Vá para casa!”.

Pois é, nada poderia encontrar em um lugar assim. Vestidos a traje social, havia beleza nas roupas das pessoas, mas eu não a encontrava nos sorrisos, nem nos corações dos que lá estavam.

Muitos dizem que as pessoas precisam fazer isso para se acalmarem, divertirem, que é necessário dividir as coisas, religião, trabalho e diversões. Mas eu, em minha opinião de aprendiz, discordo desta idéia. A vida é uma só. Ela é única e não se divide. Não é possível ser duas pessoas, pois neste caso estaríamos sendo falsos em ambos os momentos.

A vida de cada um é compostas pelos atos que ele pratica, carregando consigo o bem que fez e o mal que fez, tendo em cada ato o peso na medida da responsabilidade e intenção que pratica, e também o bem que deixou de fazer.

O que carregará nossa juventude? Serão doces os frutos que irão colher, se a semente plantada não teve qualidade, ou nem sequer plantaram? Esperamos colher uvas de figueiras?

Conforme a Prece no Limiar, encontrada no livro Sexo e Destino, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, “Ao tremendo conflito da forças gigantescas que lutam pelo domínio moral da Terra, materialismo e religião, enviaste a Doutrina Espírita, em nome do Evangelho do Cristo, para asserenar os corações e comunicar-lhes que o amor é a essência do Universo; que as criaturas nasceram do hálito divino para se amarem umas as outras; que o sexo é legado sublime e que o lar é refúgio santificante, esclarecendo, porém, que o amor e sexo plasmam responsabilidades naturais na consciência de cada um e que ninguém lesa alguém nos tesouros afetivos sem dolorosas reparações.”, recebida por pelo primeiro e ditada por Emmanuel, a sua análise nos mostra a responsabilidade que devemos ter em nossa conduta pessoal. Se errarmos, estejamos certos de que devemos reparar e que seja ainda nesta vida, pois quando estivermos do outro lado será mais difícil.

Cada qual deseja uma vida feliz, uma família unida, pais e filhos dialogando como pessoas normais, sem que nenhum precise se esconder. Mas o que é que estamos fazendo para que isso aconteça?

Esperamos um mundo melhor, mas não melhoramos nada em relação a nós mesmos. Esperamos encontrar a pessoa perfeita, mas onde a procuramos? Será que a acharemos em um bar, numa boate ou algo do gênero? Só se ela também estiver perdida.

Perguntei a algumas pessoas o que é a vida, por que estamos aqui, qual o sentido da vida? Poucas souberam me responder...

Acredito que esteja neste ponto o motivo de nossa juventude seguir este mesmo caminho. Por que não seguimos os traços de nossos pais, as competições de danças tradicionalistas, os filós, a união das famílias. Talvez porque alguns loucos dentro da ciência e do materialismo disseram que Deus não existe, que a vida é feita para ser aproveitada, porque após a morte nada poderemos encontrar; Talvez porque não nos importamos com os outros, buscamos a nossa ascensão e esquecemos que o maior é aquele que ajudou a todos. Talvez porque não olhamos para o colega do lado porque ele é de outra religião, ou porque é fanático, porque é feio, porque é negro, ou porque não fui com a cara do outro...

Assim como deixamos Deus esperando por nossas atitudes, quando formos para o outro lado, também Deus nos deixará esperando, porque se não tivemos tempo para Deus, porque é que ele terá tempo pra nós? Por causa de nossos preconceitos não faremos nada e então nada poderemos receber.

Quanto tempo de nossa vida dedicamos para ajudar as pessoas, um amigo, um conhecido, ou alguém que não conheça? Quanto tempo da sua vida gasta para estudar Jesus, para seguir os seus passos? Já me disseram que seguir Jesus é para depois que passarmos para a outra vida, mas onde fica aquela frase “Caminha enquanto tiverdes Luz”. O que é o tempo que temos luz, que Jesus falava, senão a nossa vida aqui na Terra? Quando chegarmos ao outro lado, onde receberemos conforme semeamos, o que poderemos receber se nada foi semeado? Será que conseguiremos ver Jesus estando cegos por nossos próprios atos?

Sabemos que a Terra está se transformando em um planeta de regeneração e qual será a nossa conduta em relação aos erros mais antigos em relação ao sexo? André Luiz, em um de seus livros, mostra-nos o molde dos corpos aos quais iremos reencarnar na terra. Nestes mesmos corpos, tanto masculino como feminino, houve uma característica que o surpreendeu: Havia muitas luz emanadas dos principais órgãos, sendo eles o coração, o cérebro e os órgãos sexuais. Órgãos Sexuais? Sim, isto mesmo.

Pouquíssimas pessoas conhecem o significado do sexo. A origem da vida não é algo para ser usado a fim de saciar prazeres, mas de sublimação do espírito. Não é algo que deva ser castigado ou excluído da conduta pessoal, mas que se deva ter respeito assim como se faz com o coração e o cérebro. Qualquer desvio acarreta conseqüências muitas vezes penosas.

Conforme narrou Divaldo Franco em uma palestra, os desejos não duram mais do que 30 segundos. Será que não vale a pena suportá-los por este tempo quando a razão e a sociedade não os aprova? Trinta segundos podem mudar o destino da sua própria vida; pode-se melhorar a conduta ou cair em caminhos nada fáceis de serem reparados, que poderão custar muitos anos no Umbral.

Vigiai porque não sabeis a hora que podereis ser assaltado. Esta frase não se refere apenas a bens materiais, mas aos nossos próprios atos, assaltando a integridade moral pelo mal que ainda existe em nós.

Neste novo ano que se aproxima, estendo o convite a todos para criarmos uma nova juventude, um novo mundo que nascerá dentro de nós, clareando caminhos por onde andarmos e deixando as marcas para outros nos seguirem. Convido a todos para que neste novo ano não seja apenas mais um ano em nossas vidas, mas aquele que mostrou a estrada para o encontro com Jesus.

Que a Luz esteja em seu coração!

Flavio Dias

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Segunda mensagem do jovem desencarnado em acidente automobilístico

Jesus me permitiu e estou de volta nesta casa espírita para falar com vocês.

Não chorem, por que a felicidade que tenho no coração não pode ser destruída pela tristeza de nossa distância. Se estamos longe, em espaços diferentes, é por que Deus assim desejou e nada podemos fazer para modificar isso.

O tempo é nosso amigo e tudo resolve para nós. Cada dia é uma esperança que se abre em nossa janela de aprendizagem. Vamos em frente, que Deus é nosso amigo eterno. Com Ele somos muito fortes e podemos vencer as dificuldades que temos pela frente. Jesus nos ensina a semear felicidade para colher a alegria que preenche nossa alma de emoção.

Se estou de volta é por que a senhora pediu hoje quando passou pela sala e viu o meu retrato na estante. Seu pedido foi direto a Jesus e fui autorizado a vir nesta casa e falar com a senhora, meu pai e meus irmãos.

Vocês sabiam que eu viria falar alguma coisa, desde que o guia espiritual pediu para que ficassem para o próximo trabalho. A emoção conta muito nesta hora. Também eu tenho a felicidade de encontrar novamente essa família cheia de amor. Vocês moram em meu coração eternamente.

Pedi para que não chorassem porque este é um momento de felicidade tanto para mim quanto para vocês. Se estou feliz é por que tenho a honra de chegar a esta casa e poder conversar com vocês e com os meus amigos.

Nunca pensei que pudesse um dia falar através de um médium, ainda mais com minha família. Pensei que viveria ate ficar bem velhinho. Assim poderia aproveitar todas as benesses que a vida apresenta a cada um.

Mas o destino não quis que fosse assim. Num momento de desatenção perdi a vida do corpo material e me senti flutuando no espaço, sem saber o que fazer e onde ir. Amigos me auxiliaram e então pude recuperar minha noção de vida e de espaço.

Reconheço que fui fraco no sentido de buscar a vida espiritual, mas temos tempo para tudo nesta vida. Temos tempo e temos amigos que nos colocam frente a frente com a nossa própria visão. E nesse espelho da vida caminhamos para o futuro sem olhar para trás.

Nesta época relembramos o nascimento de Jesus e nos colocamos como seus amigos diletos. No ar transparece a alegria do momento natalino.

Aqui em nossa casa, em nossa cidade espiritual, fizemos um pinheirinho para relembrar a data magna. Tem mais de dois metros de altura e é todo enfeitado de vermelho, verde e branco. Sob o pinheirinho colocamos muitos presentes. As crianças chegam e pegam o pacote que desejam para matar a vontade de ter brinquedos e doces. Os chocolates são a sua maior alegria. Fazem uma festa sem igual. Muitos deles nunca tiveram presentes ou brinquedos na terra e agora aproveitam para viver momentos de felicidade.

O pinheirinho é muito bonito e emite luzes de diferentes cores constantemente. É a força espiritual que se manifesta num objeto símbolo do nascimento de Jesus.

Meu coração diz que não existe natal sem vocês. Meu coração sofre por que não existe natal de felicidade se vocês não estão perto de mim. A distância machuca meu coração e eu nada posso fazer contra isso. Para mim o natal é triste por que vocês estão distantes.

Mas o que fazer se Deus quis assim? O destino nos prega peças constantemente. Por isso digo para os meus amigos, que aproveitem o tempo e trabalhem muito pela solidificação do evangelho de Jesus sobre a terra. Pratiquem a caridade e o amor ao próximo para que não venham no futuro lamentar o tempo perdido.

Não façam como eu fiz, que deixei para o futuro a busca da espiritualidade. Em vez de caminhar para o Cristo, fiquei parado no tempo, só atrás de aproveitar a vida. De que valeu o tempo perdido? Para nada. Nunca façam isso. Caprichem que a vida vai ensinar a encontrar felicidade no sorriso de alguém que auxiliamos. Os guias nos dizem que temos que semear felicidade para colher a alegria sem fim.

Busquem a paz e vivam a paz. Aproveitem o tempo com o trabalho eficaz. Lutem por Jesus e pelo bem maior. Deus nos ama e quer que nos amemos. Deus quer a vida cheia de amor e de felicidade.

Os guias me permitiram e eu posso voltar muitas vezes para a nossa antiga casa, e rever vocês. Por isso, sintam-se felizes quando sentirem a minha presença. Lembrem que eu estou de volta sempre que Jesus me permitir. O meu lar é o nosso lar. A minha casa é a nossa casa. Tudo se enquadra no que fazemos de felicidade. Se somos felizes quando nos encontramos, por que não nos encontrar quando nos é permitido?. Felicidade se encontra em cada sorriso em cada olhar e isso eu encontro em vocês.

Estou muito feliz em poder conversar com vocês e com esses amigos que fiz neste Centro Espírita. Também eles são parte de minha vida. Devagar vamos conquistando mais amigos e isso nos deixa feliz. A avó Maria está comigo e foi ela quem me trouxe aqui. Meus avós estão comigo também e estão muito felizes de ver nosso reencontro. Eles também aproveitam a ocasião para deixar um abraço a todos. Fiquem com Deus.

Segunda mensagem do jovem desencarnado em acidente automobilístico.

Mensagem psicofônica através do médium Luiz Marini, no Centro Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, em Pato Branco, em sessão mediúnica no dia 17 – 12- 08

domingo, 21 de dezembro de 2008

MARIA ROSA E O NATAL NO REDUTO

Meus amigos e companheiros de nossos longínquos tempos em que batalhamos pela nossa integridade física e espiritual contra aqueles que desejavam o nosso extermínio...

Hoje é tempo de relembrar o espírito natalino que está no ar e faz com que encha nosso coração de luz. Essa mesma luz encheu nossos corações quando estávamos no reduto em pleno ano de mil e novecentos e quatorze. Parece que quando se aproxima o natal tem um quê de alegria preenchendo os vazios do coração, mostrando que Jesus está presente em cada um..

Lembro que o mês de dezembro foi cheio de escaramuças com os peludos, onde ganhamos e perdemos muitas batalhas. Eles se aproximavam a cada dia de nosso reduto e a guerra se tornou mais feroz ainda. Quando o sertanejo se acha espremido, acuado, o sangue ferve nas veias e o furor se torna a sua arma mais temida..

Aquele dezembro foi violento sem mais da conta porque luta que se preza não tem descanso não. O jagunço se arruma desde cedo e segue para frente de batalha sem qualquer indicio de medo. Mata e morre sem que se note em seu rosto a dor dos que são humilhados incessantemente..

Como diz a avó Maria: “Só Jesus para entender o nosso coração”..

E a dor dessa saudade nos machuca sem cessar, por que foi um tempo que não gosto de lembrar, mas que vem sempre em minha memória, como que a me castigar a alma..

As lembranças são muito vivas e parece que estou no meio das refregas, sem descanso. Depois então recuo nas recordações e me vejo vagando pelos campos de nossas terras, sem paz, sem um destino certo. Depois, me vejo livre dos embaraços e me sinto outro espírito, já sem mágoas ou ressentimentos..

Naquele dezembro, quando se aproximou a data da comemoração, um silêncio tomou conta da região, pois que já não se ouvia mais tiros, gritos, rumor dos cascos da cavalhada. Tudo andava quieto, pelo menos no dia vinte e três de dezembro..

Chegaram as noticias pelos informantes de que os peludos tinham se retirado para os seus acampamentos de base e que nenhum deles ficara para trás. Isso para nós foi um alívio, pois que então haveria tempo de descanso..

A manhã de vinte e quatro começou calma. Bem cedo, madrugada ainda, os pássaros começaram a cantar. Isso era sinal de que os peludos não estavam chegando. As sentinelas deram sinal de que estava tudo tranqüilo. Assim, pudemos dormir um pouco mais..

O dia amanheceu limpo, sem nuvens e o sol logo surgiu no horizonte. Levantei e fui até o riacho, onde peguei pedras num cesto e levei para frente de minha casinha. Perto de uma imbuia gigante, fiz um presépio e com as pedras construí uma gruta representando o local onde Jesus nasceu. A manjedoura era feita de casca de árvores e o menino Jesus, Maria e José eram bonecos de palha que a avó Inês havia feito. Eram muito bonitos, porque essa avó sabia fazer artesanato como ninguém..

A sustentação da cobertura da gruta foi feita com casca de árvore vergada até o ponto certo. Depois cobri com musgo. Ficou um trabalho muito bonito. Representava bem a família de Belém, que depois se tornou a família universal..

Depois do almoço fizemos uma procissão com todo o povo. Cantamos e rezamos com muito fervor. A alegria tomou conta do reduto, pois nesse dia encontramos paz e tranqüilidade. Ficamos juntos até que chegasse a madrugada do dia vinte e cinco, quando então, cansados, fomos dormir..

No mundo espiritual me disseram que quando se aproxima o natal, toda a terra fica impregnada dos fluidos de amor que representa o nascimento de Jesus. Muitos conflitos pelo mundo cessam nesses dias, para comemorar o advento do menino Jesus. O fato é tão marcante para o mundo, que não há quem resista. A luz espanta as trevas e o amor do Cristo enche os corações humanos..

Vejo isso agora neste nosso Centro Espírita, que está tão lindo, com luzes de todas as cores, que descem do céu e chegam até nós. Os nossos mentores me dizem que são raios de luz que vêm das altas esferas para abençoar a todos..

Vocês não imaginam a beleza que esta casa apresenta. Centenas de amigos espirituais estão presentes nessa hora. Ouvimos musica de origem celestial, que enche nossa alma de amor. O Dr. Bezerra está presente com um grande número de amigos, abençoando a cada um de nós. O pinheirinho enfeitado tem muito mais luzes do que imaginamos. Ele representa o momento histórico do nascimento do Cristo..

Este momento faz com que cessem as guerras, os ódios, os rancores. O espírito imortal se torna dócil e maneiroso. É a ocasião ideal para transformar os desejos humanos em caridade, solidariedade, afeto e mansidão..

A mesma paz que encontramos naquele natal em nosso reduto vemos agora nesta casa de luz, porque os motivos são os mesmos: a comemoração da vinda à Terra do maior espírito que conhecemos..

Meus companheiros dos longínquos tempos de luta. É tempo de vencer os inimigos da luz, os defeitos que temos, as broncas que carregamos. É tempo de sonhar com novas conquistas, não mais aquelas que desejamos quando estivemos na terra, mas as que podem encher nossos corações de alegria e felicidade, tendo como base o amor de Jesus..

Recebam o meu abraço de amor...

Maria Rosa..

Mensagem psicofônica recebida pelo médium Luiz Marini, em sessão mediúnica no Centro Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, em Pato Branco, na noite de 17 de dezembro de 2008.

domingo, 14 de dezembro de 2008

MENSAGEM DE NATAL

Deus nos permite e novamente chegamos nesta casa de oração para falar com os senhores.

Podemos dizer, com a proximidade do natal, a festa que coroa o nascimento de Jesus na Terra, que somente o Mestre amado pode entender o nosso coração.

Só Jesus pode entender o coração desses espíritos que aqui vêm para conversar com os senhores e que se emocionam quando observam uma árvore de natal enfeitada de luzes e de presentes.

Se do lado material essas árvores estão engalanando o natal que se aproxima, do nosso lado, no mundo espiritual, elas se enchem de luzes e de cores diferentes formando arco-íris resplandecentes para render graças a Jesus, nosso Mestre.

Porque aqui na espiritualidade nós também aprendemos a reverenciar o nascimento de Jesus como um ato marcante, o mais sublime que ocorreu no planeta Terra.

Nós aprendemos a ver em Jesus o ser angelical que desceu a este orbe para trazer aos homens a luz imorredoura que emana de Deus, através dos Seus ensinamentos maravilhosos.

Mas nós, ao recebermos essa torrente de luz, essa água bendita para banhar os nossos espíritos, nos tornamos surdos aos seus ensinos e preferimos seguir os nossos anseios.

Nós não aprendemos a seguir o nosso Mestre, aprendemos sim a fugir de Suas palavras, a escarnecer, porque no momento em que tratamos mal o nosso semelhante, abrigamos o egoísmo em nosso coração, carregamos o ódio em nossa mente, nós estamos contrastando o Seu evangelho.

Por isso como espíritos libertos da carne nós aprendemos a reverenciar o Cristo, a reconhecer Nele a sumidade dentre os espíritos maiores a descer sobre a terra.

Ele é a luz do mundo!...

E o seu nascimento ocorrido num ambiente repleto de luz, numa manjedoura, em Belém foi para nós o acontecimento maior em todos os tempos, por que dali brotou a árvore que haverá de abrigar os anseios de todos os espíritos eternamente.

E o Cristo não nos esquece, pois no natal Ele faz com que essas árvores enfeitadas possam se encher de luz para abrir os corações dos homens.

Porque nós vemos na terra milhares de irmãos que têm o coração duro, difícil de lidar, e que, ao aproximar-se o natal, afrouxam-se os elos das correntes que os prendem e eles então, se tornam sensíveis e auxiliam as pessoas.

Começam a tratar melhor os seus semelhantes, melhorando o seu intimo. Infelizmente isso é momentâneo e não prossegue pelo ano seguinte.

Mas todos nós somos espíritos matriculados na escola da aprendizagem e se estamos na terra para lutar, aprender, desenvolver, nós também temos a oportunidade de crescer com Jesus.

Haveremos de abrandar o nosso coração através dessas noites natalinas e das orações que saem de nosso coração e que chegam até Deus.

Por que todos nós aprendemos desde criança a amar o natal. Ainda que fosse apenas para receber um humilde presente de nossos pais.

Porem o presente maior que Jesus nos deu foi o conhecimento de Seu evangelho de amor.

A sua luz gera dentro de nosso peito uma simbiose tão grande com Deus, o que faz com que nosso coração seja aberto, se torne translúcido e se encha de amor por nosso semelhante.

No dia em que a terra se transformar num planeta de regeneração, nós haveremos, se aqui estivermos, de reunir sob essa árvore primorosa, os nossos corações, e então, humildemente, agradecer a Jesus, praticando o bem aos nossos semelhantes, disseminando o Seu evangelho pelo mundo.

Então o homem haverá de ser feliz, haverá de carrear para dentro de si toda a felicidade do mundo por que na terra não haverá mais dores e sofrimentos, e sim existirá o auxilio mútuo entre os espíritos porque eles seguirão o mandamento maior do Cristo, que é “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

Que Jesus nos abençoe e nos dê um natal de luz e de amor.

Maria Daminelli Marini

Mensagem recebida por psicofonia pelo médium Luiz Marini, na noite de 10 de dezembro de 2008, em reunião pública, no Centro Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes de Pato Branco – PR.

domingo, 7 de dezembro de 2008

MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE MACHADO DE ASSIS

Os meus amigos internautas vão descer a lenha em minha cabeça dizendo que estou louco em relembrar Machado de Assis, o escritor que fez com que todos os estudantes de nosso Brasil queimassem a massa encefálica para aprender e decorar coisas de seus livros, em preparação para o vestibular.

Quem não ouviu falar dos livros Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, a mão e a luva, Dom Casmurro, Helena, Ressurreição, Iaiá Garcia, Esaú e Jacó, Memorial de Aires entre outros?

Também eu estive às voltas com o velho Machado de guerra, tentando aprender a sua maneira de escrever e o que escreveu para poder fazer jus à nota em literatura e passar no vestibular.

Alguns vão me dizer que errei no título deste despretensioso comentário com fundo espírita. Afinal o grande livro deste mestre foi o “Memórias póstumas de Brás Cubas” o que não confere com o titulo empregado: “Memórias póstumas de Machado de Assis”. Eu poderia ter colocado o titulo “Machado de Assis póstumo” e estaria tudo certo. Mas, preferi utilizar o mesmo título do livro que li e que relata os primeiros dias de vida do grande escritor no mundo espiritual.

Vamos aos fatos: como espírita, adoro estudar as nuances que ocorrem nas relações entre os dois mundos: material e espiritual. Há pouco tempo vi num catalogo de livros de onde abasteço minha biblioteca, que estava à venda um livro que contava a vida de Machado de Assis depois da morte. Achei interessante o fato e adquiri o mesmo. Terminei de ler o livro e fui pesquisar a biografia do grande escritor e ler o livro “memórias póstumas de Brás Cubas” para poder comparar o estilo do autor quando na carne e o estilo utilizado na espiritualidade. É o mesmo Machado de Assis, sem por nem tirar. O mesmo estilo, a mesma ironia, o mesmo humor. É ele em tudo e por tudo. Não existe diferença entre o vivo na terra e o vivo no mundo espiritual.

Tenho que parabenizar a médium Ismênia dos Santos, já desencarnada, de Belo horizonte, que recebeu pela psicografia este livro. Era praticamente desconhecida no mundo espírita. E Machado de Assis escreveu o livro através dessas mãos abençoadas no exercício de sua mediunidade, exatamente cinqüenta anos após o seu falecimento. Serviço portentoso e de grande coragem realizado por essa mulher. Se o amigo leitor pensa que é “moleza” o trabalho mediúnico de psicografia com os grandes escritores que se preste a fazer para ver quanto dói uma saudade.

Se antes não tinha predileção pelo Machado de Assis era por que não o conhecia bem. Na verdade ele era do século XIX, mas os seus escritos são atuais. Parece que ele fala das coisas do nosso dia a dia em pleno século XXI.

Sua biografia mostra que foi um menino pobre que perdeu a mãe bem cedo e também a única irmã. O pai, um pintor de paredes, casou-se novamente com Maria Ignes que lhe ensinou as primeiras letras e o trabalho honesto de vendedor de doces.

Para complicar ele era mulato, pobre, epiléptico e gago o que lhe valia chacotas de todo tipo das crianças da época. Aprendeu as primeiras letras com a madrasta, não freqüentou curso escolar regular, aprendeu francês com o forneiro de uma padaria, aprendeu inglês e alemão como autodidata. Traduziu para o português “Os trabalhadores do mar” de Victor Hugo e “o corvo” de Edgar Allan Poe.

Mas como todo defeito é pouco, o menino ainda tinha sonhos horríveis, que o deixavam com o moral lá para baixo. Somente o remedinho de chá de melissa de sua madrasta o curava.

Certo dia, aos dezessete anos, um senhor o convidou para trabalhar em sua gráfica como aprendiz. Aceito o serviço, começou a trajetória de sucesso desse homem que chegou ao cargo de secretario e de diretor geral de contabilidade do ministério da Viação.

Como escritor foi um sucesso. Era uma pessoa muito simples e quando publicou “memórias póstumas de Brás Cubas” pensou que se cinqüenta, vinte ou mesmo cinco pessoas lessem o livro já estaria feliz.

É considerado o maior escritor brasileiro de todos os tempos e um dos maiores do mundo. O critico norte-americano Harold Bloom considera Machado de Assis um dos cem maiores gênios da literatura de todos os tempos. Quer mais?

Nós não sabemos escrever duas linhas corretamente e do alto de nossa estultícia criticamos os escritores como se fossemos nós os donos da verdade.

Confesso que aprendi a gostar de Machado de Assis, por ser um homem que venceu os desafios da vida e por ser um escritor de alto gabarito.

Mas para mim o que importa é conhecer e falar sobre os dois tipos de vida desse espírito. Vida material e vida espiritual. E esse é o objetivo destas linhas.

Machado de Assis foi um homem probo que sempre pautou a vida no bem. Sempre trabalhou honestamente, casou-se com uma jovem portuguesa que havia chegado há pouco no Brasil, e a amou muito.

Foi presidente da Academia Brasileira de Letras até o seu desencarne. Não acreditava na vida após a morte. Era muito sincero com essas coisas. Sendo, pois, uma pessoa honesta e trabalhadora, já tem os seus méritos e é o suficiente para fazer com que se estude a sua vida. Os probos merecem que se ganhe um tempo para conhecer a sua passagem pela Terra.

Os meus amigos devem estar curiosos para saber o que aconteceu com o grande Machado de Assis depois de sua morte. Vou contar sem muitos rodeios como ele mesmo o fez. No livro, Machado não conta em detalhes os locais por onde passa, as pessoas com quem mantém contato, o que dificulta um pouco o estudo. Mas vamos em frente com sua história que a curiosidade é grande.

Machado de Assis narra que após o desencarne ficou como que perdido, pois, via o seu corpo num caixão, e se reconhecia em outro corpo, com o pensamento que girava, na sala do velório. Imaginem o problema para o homem que não acreditava que havia vida depois da morte, encontrar-se vivo, olhando o seu corpo inerte ao lado. Foi demais para a sua cabeça. Sentia ainda os reflexos da doença que o vitimou.

Quando queria se afastar dos despojos, sentia um choque e acabava por voltar para perto do corpo. Ouvia os amigos dizendo que ele, o grande Machado de Assis, estava morto. Como morto? Não estava morto porque podia ouvi-los, sentia dores, pensava, sofria...

Quando vestiram o fardão da Academia Brasileira de Letras em seu corpo material, sentiu no corpo espiritual tudo quanto faziam na matéria morta. Seus corpos estavam interligados como numa simbiose.

Quando o cortejo seguiu para o cemitério de São João Batista, debaixo de uma garoa fina e fria, caminhava ao lado do caixão, de pés descalços, sentindo a friagem que subia pelo corpo.

Depois do enterro chamou duas senhoras. Uma delas, com mediunidade de clarividência, viu o Machado de Assis, magro, de barbas brancas, doente, e gritou para a amiga que estava vendo um fantasma. O escritor se afastou e voltou para sua casa. Entrou pela porta que estava fechada e chamou por seu mordomo que não o escutou.

Precisando de óculos, pois estava enxergando pouco, desceu a rua até a casa de um compadre que tinha uma ótica. Não foi recebido na casa, pois o homem não estava. Saiu à rua e perguntou a um transeunte por que o comércio estava fechado. Recebeu como resposta: por que morreu o Machado de Assis. Voltou para casa e se sentiu solitário como nunca.

Ouviu vozes que o chamavam para segui-los para outro mundo. Reconheceu Maria Ignes, sua madrasta, que o recosta numa almofada e então viaja por um oceano azul. Depois que acorda, sobem uma escada com perto de mil degraus e se vêem num porto feliz. Ele descansa numa praia e seguem depois para uma praça da cidade, onde centenas de pessoas passam com livros e apostilas nas mãos. São estudantes.

Entram numa casa onde são recebidos por Paula Brito, o homem que lhe deu o emprego em sua livraria. Numa sala está o quadro a óleo retratando a sua amada Carolina. Vão para o quintal onde comem laranjas com casca e outros frutos. Sua mãe Maria Leopoldina está presente, com uma moça chamada Leonor.

Depois Machado de Assis recebe a visita de uma menina que se transforma numa moça muito bonita. Ela lhe dá um buquê de flores e agradece a poesia que recebeu quando na terra. Diz que morreu jovem e que os pais foram por ele confortados. Abraçou-o e lhe deu um bilhete dobrado onde Machado leu a poesia que lhe dedicara quando menina. O grande vate chorou copiosamente.

Voltaram para a praça e entraram num edifício suntuoso, onde Machado recebeu uma homenagem de escritores, que lhe disseram que o seu antigo lugar estava reservado, pois cumpriu integralmente a sua missão na Terra, e honrou a tradição espiritual. Foi muito aplaudido.

Em seguida, os três viajaram pelo espaço num veiculo parecido com uma carruagem, até uma cidade distante, que se via dali, como um ponto azul. Era a cidade azul.

Ali, Machado de Assis reencontra a sua amada Carolina, que se veste de pétalas de rosas brancas. Ele também troca o seu traje espiritual por uma túnica. Tudo isso pela força do pensamento construtor. Carolina havia plasmado uma casa exatamente igual a do Cosme Velho onde moravam no Rio. Dezenas de escritores, músicos e amigos homenageiam Machado de Assis e Carolina fala sobre a sua volta à espiritualidade. Ele também fala à platéia e dedica um soneto à sua amada.

Mentalmente Paula Brito pede a Machado de Assis que o encontre na rua. Seguem em missão até Londres para mudar a sentença que um juiz faria e que prejudicaria imensamente a obra que os espíritos estavam realizando. Machado de Assis fez uso de sua mestria em escrever e com o consentimento divino faz com que o juiz modifique o seu pensamento e escreva o que era justo.

Quando voltam ao lar, Machado encontrou-o iluminado com cores azuis. Sentou-se ao piano e tocou algumas notas. Carolina chegou e convidou-o para cear sucos de morangos.

Dezenove anos depois ele volta ao Rio de janeiro para rever os amigos. Carolina agora chamada Leda, e Machado de Assis, revendo os arquivos espirituais souberam que ele se chamou Sterne em outra vida e que já havia vivido na Inglaterra e que fora um famoso escritor.

Em tempo. Quem quiser aproveitar e se deliciar com a leitura deste livro, pode adquiri-lo através do www.comecebem.com. Ou pelo fone 0800.160.560

Luiz Marini 22 de novembro de 2008