quinta-feira, 11 de junho de 2009

Mudança de endereço do blog

Caros leitores do Blog Centro Espírita Adolfo Bezerra de Menezes.

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Flavio Dias
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domingo, 18 de janeiro de 2009

TERRA SANTA. SERÁ QUE É SANTA?

Dias atrás um irmão de Cascavel pediu se eu gostaria de visitar algum lugar no mundo. Respondi que gostaria de viajar para a Terra Santa.

Terra Santa? Perguntou meu irmão. Que terra santa? Lá só tem conflitos e guerras. Agora mesmo estão em guerra novamente. Não vejo terra santa nenhuma, porque desde bem antes da vinda de Jesus é só confusão por lá.

Na realidade talvez meu irmão tenha razão ao afirmar que a Terra Santa de santa nada tem. Isso porque desde que me conheço por gente só ouço falar de conflitos naquela região.

Se abrirmos os livros de história descobriremos que as encrencas naqueles rincões são tão antigas quanto a própria história. E não tem jeito de arrumar as coisas por lá, porque cada um dos envolvidos tem plena certeza de que a terra pertence ao seu grupo e não aos inimigos que estão do outro lado da fronteira ou do muro que Israel está construindo, relembrando o vergonhoso muro de Berlim.

Num breve resumo da ocupação daquela região podemos dizer que há 5.000 anos grupos nômades habitavam a Mesopotâmia. Cerca de 1.000 anos depois, isto é, há 4.000 anos esses grupos se deslocaram para a região onde hoje está Israel.

No ano 1.700 a.C.Israel emigrou ao Egito, devido a uma grande fome, onde o governador era José. Com medo do grande crescimento Israelita, o Egito escravizou Israel. Depois do fim do cativeiro, os israelitas vagaram por 40 anos pelo deserto.

Reconquistaram uma parte de sua terra, sob o comando de Saul por volta de 1.029 a.C.

Em 1.000 a.C.David conquistou Jerusalém e expandiu o território. Com Salomão atingiu o ápice. Em 922 a.C. o Reino foi dividido em dois: ao norte o Reino de Israel e ao sul o Reino de Judá.

Em 586 a.C. O imperador Babilônico Nabucodonosor invade Jerusalém, destrói o primeiro templo e leva os israelitas para o cativeiro, que dura 50 anos.

Com a libertação, o povo volta para sua terra.

Um lembrete aos amigos: a música´”va pensiero” da ópera “Nabuco” de Verdi retrata a volta dos israelitas para sua terra natal. É uma música maravilhosa cantada por Zucchero, Pavarotti, Bocelli. Exprime a alegria sem igual do fim do cativeiro e da volta para o seu lar. Uma palhinha sobre o poema da música:

“vá, pensamento, sobre as asas douradas

Vá e pousa sobre as encostas e as colinas

Onde os ares são tépidos e macios

Com a doce fragrância do solo natal!

Saúda as margens do Jordão

E as torres abatidas do Sião.

Oh, minha pátria tão bela e perdida.

(...) lembra-nos o destino de Jerusalém...

Procurem ouvir essa música para compreender o que digo. Jerusalém e o templo são reconstruídos com o retorno dos israelitas.

Depois, o território foi conquistado por Assírios, persas, gregos, selêucidas e romanos.

Quando Jesus chegou à Terra para cumprir os desígnios divinos, a região onde nasceu era dominada pelos romanos e todos nós lembramos de personagens como Tibério que era o imperador em Roma, Pôncio Pilatos que lavou as mãos quanto ao destino de Jesus, Herodes Antipas I que prendeu e mandou decapitar João Batista, o precursor, além dos soldados que mataram as crianças de até dois anos procurando eliminar o Messias, e os que O crucificaram e jogaram sorte para disputar a sua veste.

No ano 70 o general Tito destrói Jerusalém e o templo. Contam os historiadores que nessa revolta morreram perto de um milhão de israelitas.

Em 135 o imperador Adriano esmaga a segunda revolta e os israelitas são feitos escravos e expulsos de sua terra até o século XX.

Em seguida dominaram a região os bizantinos, os muçulmanos (em 638), os cruzados, e o império Bizantino por redondos quatrocentos anos, entre 1517 e 1917.

Após o término da primeira guerra mundial a Grã-Bretanha passa a administrar a região comprometendo-se a formar um lar para os judeus. Com a segunda guerra mundial milhares de refugiados sionistas foram morar na região palestina.

Em 29 de novembro de 1947 a ONU decidiu pela divisão política da Palestina Britânica em dois estados: um Judeu e outro árabe. Revendo mapas do antigo testamento notamos que o estado palestino foi formado em terras que pertenceram a Israel. Tanto isso é verdade que Belém, cidade onde Jesus nasceu e Jericó, tradicionais cidades citadas no novo testamento hoje pertencem ao território palestino.

Desde a independência de Israel, os estados vizinhos atacam e sofrem derrotas seguidas. Com isso o estado israelense consegue anexar terras que deveriam estar em poder dos árabes. Hoje, janeiro de 2009, Israel está invadindo a faixa de Gaza, em resposta a ataques realizados pelo Hamas contra o território israelense.

Para encurtar a história posso dizer que desde que começaram a colonizar a região há 5.000 anos que existe encrenca entre tribos primeiramente e estados atualmente. É só ler o antigo testamento para ver quanta guerra e carnificina existiram no tempo antigo. Correu tanto sangue naqueles desertos que poderiam tingir de vermelho o mar que já era chamado vermelho.

Conta Emmanuel através da abençoada mediunidade do médium fenomenal Chico Xavier em “A caminho da Luz” que depois da debandada dos espíritos que não poderiam permanecer em Capela, milhares desses espíritos reencarnaram no planeta Terra, em lugares diferentes para dar impulso positivo no progresso do homem. Assim os degredados formaram quatro grandes grupos que foram assim divididos: os árias na Europa, a civilização no Egito, o povo de Israel e as castas da Índia. Isso aconteceu há mais ou menos doze mil anos.

Cada um desses povos relembrava no íntimo da alma a sua antiga residência num planeta muito adiantado e sua queda para o planeta de sofrimento chamado Terra. Moisés escreveu essa queda em seus livros que compõem o Antigo Testamento, nas figuras de Adão e Eva, a tentação e a perda do paraíso. Fácil de entender o que o grande legislador hebreu escreveu contando a história de seu povo que foi um dos expulsos do “paraíso”.

Se esses povos relembravam a expulsão do paraíso também sabiam que haveria de nascer o Messias e cada um deles esperavam que fosse em seu território. Os profetas de Israel vaticinaram a Sua vinda e eis que o grande Mestre do infinito encarna em Belém, na Judéia.

Hoje compreendemos que a figura do Cristo não pertence a uma raça determinada. Provindo do Reino de Deus, consequentemente predomina sobre todos os povos e espíritos. Só os homens ainda não compreenderam isso e continuam em suas guerras fratricidas. Não entendem que o Seu mandamento maior é “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Como é que o homem pode amar a si mesmo se pretende matar o outro?

Essas coisas estão impregnadas no espírito humano e somente o tempo há de consertar, através do sofrimento e da necessidade de evolução.

E o que se há de dizer sobre aqueles que habitam a região que está sempre em conflito no Oriente Médio? Acreditamos que sejam os mesmos espíritos que vem há milênios reencarnando na mesma região, carregando dentro de si o mesmo ódio ao inimigo em comum. Matam e morrem com a mesma naturalidade com que se masca um chiclete.

E essas idas e vindas entre o mundo espiritual e o material se faz com tanta naturalidade que esses espíritos já não tem mais consciência se estão encarnados ou desencarnados.

Contam na espiritualidade que um grande emissário divino chegou à Terra e conversando com os dirigentes do planeta ouviu que a reclamação maior de o planeta ainda estar atrasado era por causa de guerras e ódios. O emissário analisou a situação dos homens e então disse aos administradores do orbe: “deixai que os homens guerreiem em paz”.

Isso quer dizer que depois de muitas guerras haverão de saber que isso é contraproducente e com um pouco de sabedoria, sentarão à mesa, para encontrar soluções pacificas para os problemas.

O problema das guerras na Terra Santa complicou o seu destino. Conta Emmanuel que os lugares onde Jesus passou eram verdejantes e primorosos. Com o passar do tempo e com as guerras as paisagens foram se modificando, tornado-se áridas.

Tantos foram os problemas causados pelo homem que Jesus resolveu transferir a árvore do evangelho para um novo país que se formaria no hemisfério sul, no continente americano, chamado Brasil. Isso está exposto por Humberto de Campos em seu extraordinário livro “Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho”, também através de Chico Xavier.

Com certeza, na atualidade, é o país que mais compreende Jesus, e onde estão implantados os maiores núcleos de atividade espírita-cristã do planeta. O homem daqui compreende facilmente a necessidade de espiritualização da humanidade e se esforça para se melhorar. Claro está que existem os rebeldes que fazem de tudo para não compreender isso. Mas eles também terão a sua hora e serão chamados nominalmente no livro da vida para que prestem contas de seus atos durante a trajetória na voragem da vida.

No caso da Terra Santa, os lugares ainda estão impregnados com os fluidos sublimes do mestre Jesus e nem as guerras, nem os ódios, ou as revoltas haverão de apagar os sinais de Sua passagem pela Terra. Antes de desaparecerem os sinais de Sua presença, desaparecerão os sinais da discórdia entre os habitantes dos lugares que deveriam ser chamados santos. Acreditamos que os sinais do Cristo permanecerão nesses lugares até que a Terra exista como planeta.

Muitos médiuns tem a possibilidade de tocar objetos, visitar os lugares e saber quem passou por ali. Quantos já viram a presença do Senhor naquelas terras ainda amadas pelo mesmo Jesus?

Penso que os homens cansarão das guerras e haverão de viver em paz, e os lugares onde Jesus andou voltarão a ser verdejantes e lindos como foram ao Seu tempo. Deus não pode deixar que os lugares por onde Seus pés divinos caminharam se tornem estéreis e escarpados.

Os homens tornar-se-ão melhores e as terras novamente serão exuberantes e acolhedoras, refletindo a vontade divina nos caminhos por onde passou o Senhor.

Se Deus resolver retirar da linha de combate os radicais que infestam os dois lados do conflito por certo os outros se sentirão sem forças para golpear o inimigo.

Hoje Israel é uma potência e necessita da mão de obra dos palestinos para suas fábricas e empreendimentos. Quando começam os conflitos fecham-se as fronteiras e os palestinos ficam sem poder chegar ao trabalho e as fábricas sem ter os operários.

As coisas são muito complicadas para serem resolvidas a toque de caixa. Serão necessários muitos anos para se encontrar as soluções para o impasse.

Uma das saídas está na regeneração da humanidade, onde apenas espíritos bons haverão de habitar a Terra. Em conseqüência disso os homens desarmar-se-ão e então será a vez do dialogo imperar.

É importante dar uma chance para a paz.

Para amenizar o conflito na atualidade talvez fosse importante cada país procurar encontrar a sua identidade e seguir em frente com as próprias pernas.

Israel e a Palestina devem ser auto-suficientes. Israel já recebe ajuda de seu povo que está espalhado pelo mundo afora e de muitos países. Já tem tecnologia para superar os seus problemas; já dominou o deserto, incrementou o turismo, implantou indústrias, tornando-se independente.

O mesmo tem que fazer os palestinos, unindo-se não para a guerra e sim para a paz. Crescer na economia, na tecnologia, no turismo, no estudo, no trabalho, para não depender de ninguém mais. É fácil fazer isso? Sei que não é fácil.

Apenas sei que é muito melhor gastar dinheiro com evolução técnica e aperfeiçoamento humano do que gastar em mísseis e fuzis.


Luiz Marini 12-01-09