domingo, 26 de outubro de 2008

COMPROMETIMENTO COM DEUS

O problema de comprometimento que as pessoas devem ter com o papel que assumem de responsabilidades está diretamente ligado com o seu eu pessoal, ou seja, consigo mesmo, Ou o eu espírito que habita o seu corpo.

Como o espírito que habita o seu corpo é o seu eu individual, que pensa com o cérebro e quem sabe com o coração, quem vai sofrer as conseqüências dos atos praticados na vida é o seu próprio ser.

Quando doer a saudade do tempo perdido em bobagens, o espírito, que é o dono e responsável pelo corpo, vai compreender que não é a carne que deve ser satisfeita e sim o espírito. Compreendo que todos nós temos os desejos inerentes ao corpo, que devem ser satisfeitos à medida do possível e do que permite as leis e os costumes, mas que os desejos do espírito devem ser norteados buscando a satisfação mediante as leis de amor que nos foram ensinadas pelo Mestre Jesus. Digo isso por que todas as leis e os profetas segundo o próprio Cristo estão inseridos na frase “Amar da Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

Então vem a pergunta: qual é o nosso comprometimento com Deus? Numa escala de zero a dez onde estamos agarrados? No um, nos dois, nos três? Vejo muita gente afastada dessa escala, ignorando-a por completo. Apenas quando começa a bater o motor e a queimar o óleo do corpo já cansado, é que iniciam algum tipo de trabalho para entender o comprometimento com Deus. Mas daí já é tarde para retificar o veículo que Deus emprestou para uma missão e vem o choro tardio.

Se o espírito está comprometido com as hostes do mal, por certo os frutos de sua semeadura, serão a irresponsabilidade, o infortúnio, a deslealdade, a ambição desmedida, a violência, o crime, e outros produtos de sabores amargos, que virão com colheita no tempo certo e que deverá ser muito dolorosa.

Os maus se bastam a si próprios e só alcançam seus objetivos porque os bons se calam, se escondem com medo de que sejam alcançados por seus tentáculos amedrontadores.

Mas eu penso que quem tem Jesus como Mestre não deve ficar estático, paralisado diante das torpezas que os maus fazem. Deve sim fazer frente aos que espalham mazelas pelo mundo e fazer valer a vontade de Deus que é tornar este planeta um local de regeneração, onde os homens viverão em paz e a fraternidade será objeto de todos os corações.

E os recalcitrantes que Deus chama todos os dias ao trabalho espiritual e que nada querem quando o compromisso é com a luz?

Através da mediunidade, a Espiritualidade convoca ao trabalho do bem, milhares de pessoas, a toda hora. E o que eles fazem? Procuram o centro espírita depois de passar por todos os tipos de cura para os seus males.

Quando não conseguem resolver seus problemas, procuram o “ultimo cartucho” que é o Centro Espírita. Chegam cheios de dificuldades, arrebentados, porque na maioria das vezes o seu problema está na mediunidade sem trabalho. São atendidos e não compreendem que devem continuar o desenvolvimento de atividades voltadas ao bem, e saem do centro para buscar as mesmas situações que os levaram ao sofrimento.

Relembro a passagem do paralítico de Cafarnaúm, que foi baixado ao centro da sala da casa de Pedro, onde Jesus estava atendendo, pelo telheiro.

Jesus curou o homem, que saiu andando, pulando, feliz, por que estava são. Depois, no entardecer, perto da praia, Pedro estando a sós com Jesus, notou que o Mestre chorava.

Pedindo explicações ao Cristo, este respondeu ao Apóstolo que chorava, porque sabia que Natanael Bem Elias, o paralítico curado à tarde, estava numa estalagem da cidade, entre bilhas de vinho e amigos truculentos, festejando a sua volta à vida devassa. Isso traria de volta os problemas que o tornaram paralítico.

Quando Jesus o curou era para que ele O seguisse, e se tornasse exemplo vivo do trabalho do Cristo na Terra.

Até hoje as pessoas são assim. Deus lhes mostra o caminho e eles seguem sempre no mesmo diapasão, com os mesmos problemas, com as mesmas dificuldades. Só estão felizes no mesmo mundo-inferno em que se debatem. Encontram dificuldades extremas em sair do buraco onde se encontram. Mas fazer o que? Cada um monta o seu próprio destino e o segue.

Digo aos meus amigos que o comprometimento com Deus é algo que está acima de todas as coisas. O mundo que se vê e que se vive quando se está engajado nas hostes divinas é muito diferente do mundo mesquinho e escuro daqueles que estão distantes de Deus.

Se nós compreendemos e vivemos Jesus, vemos maravilhas que acontecem na Terra e no mundo espiritual. Trabalhamos, auxiliamos, viajamos com nossos mentores espirituais e semeamos o bem e o Evangelho de Jesus a toda hora. Cumprimos nossas obrigações da vida cotidiana com o maior prazer porque sabemos que temos que ser úteis à sociedade e a nós próprios e fazemos isso não por obrigação e sim por amor à causa maior, que é Deus.

O que fazemos de diferente é que doamos um pouco de nosso tempo para melhorar as condições dos homens e dos Espíritos que habitam nosso planeta.

Experimentem meus amigos, assumir o compromisso de andar com Jesus e vocês sentirão que as dificuldades serão resolvidas com muito mais facilidade, por que se existem grandes problemas, existe um grande Deus para nos ajudar.

O mundo opaco e nebuloso deixará de fazer parte de sua vida e em contrapartida, seu universo será pleno de luz e felicidade.

Luiz Marini 23-09-08

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Relação Adulto X Jovem

Pergunta efetuada em 1972 a Chico Xavier, no programa Pinga Fogo, da extinta TV Tupi:

- A inquietação da juventude é uma constante desde muitos séculos. O Homem, numa faixa que vai de 16 a 23 anos, é um rebelde. Depois quase sempre ele acaba se adaptando e se integrando a sociedade. No exato instante em que o home se adapta a sociedade, o seu espírito evoluiu ou se acomodou?

Leia a Resposta dada por Chico Xavier e da mesma, avalie o mundo em que vivemos:

- “Quando nós nos adaptamos para o bem, o bem, essencialmente é sempre o bem dos outros, porque é do bem dos outros que nasce o próprio, o nosso próprio bem. Hoje, muitas vezes, queremos tratar os nossos jovens como se eles fossem nossos inimigos e isso é um erro.

Os nossos jovens são os nossos continuadores. Trazem consigo uma vida diferente da nossa. Impulsos originais que nós não podemos auscultar em toda a sua extensão.

Os nossos jovens, de ambos os sexos, necessitam principalmente hoje, de nossa compreensão. Naturalmente que não podemos empurrá-los para a libertinagem, mas não devemos frenar neles um impulso à libertação para que eles se realizem, para que eles se desvinculem da nossa vida pessoal. Todos nós na condição de criaturas amadurecidas na experiência física podemos igualmente e temos independência deles e não devemos escravizá-los aos nossos pontos de vista.

Falamos de uma experiência de mais de quase decênios em que temos visto centenas talvez, milhares de jovens e adultos chorando sobre os nossos ombros em vista do amor possessivo que tantas vezes nos retardam o progresso individual e ocasionam tantos distúrbios em nossa vida familiar e coletiva. Tantos jovens que se doparam em drogas, tantos que se refugiaram em casas de saúde, tantos que abandonaram os seus próprios deveres, que fugiram para a indisciplina, que desertaram do estudo, muitas vezes, por causa de uma influência opressiva daqueles que foram chamados a orientá-los na vida prática.

E ao mesmo tempo vemos tantos pais, tantas mães e tantos orientadores e tutores chorando porque não podem escravizá-los a sua própria vida. Porque é que nós não podemos amar uns aos outros na condição de jovens e de adultos cada qual vivendo dentro da sua época de experiência física? Porque é que nós como adultos não podemos resguardar a nossa independência, dando independência àqueles jovens que são a esperança da humanidade; que são nossos filhos, nossos continuadores, para que eles realizem as empresas a que foram chamados pela reencarnação?

Allan Kardec através da questão número 385, no Livro dos Espíritos, trata disso com muita propriedade e isto ha mais de 100 anos: “Nossos filhos são espíritos que vieram de outras condições diferentes das nossas, são credores de nosso maior respeito”. Nós falamos em diálogo, e precisamos de diálogo, falamos em comunicação e precisamos da comunicação não apenas nos dias dos desastres sentimentais.

Conversar com os nossos jovens, conversar com os nossos pais como grandes amigos que se interligam através das suas experiências. Diálogo nunca foi pancadaria verbal. A comunicação nunca foi um sistema de censura sistemática. Não estamos de maneira nenhuma reprovando adultos nem censurando jovens. Estamos atentos a lição de nosso Emanuel que nos pede considerar que dentro da civilização do ocidente é que nasceu a psicanálise com Sigmund Freud para que nós sejamos tratados especificamente e individualmente para nos ajustarmos ao amor que Jesus nos ensinou. Jesus nos ensinou “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”. Este enunciado não veio de nenhuma decretação humana, veio Daquele que nós temos como sendo o Nosso Senhor.

Porque é que não podemos amar os nossos jovens, auxiliá-los para que sejam eles mesmos? E Porque é que nós não podemos receber deles o auxilio, não para que vivamos como muitas pessoas maduras estão vivendo em países da Europa, em grandes palácios dourados nomeados como sendo cemitério dos elefantes em que as pessoas amadurecidas na experiência humana se recolhem com pessoas inúteis e vivem uma vida de entretenimento como se fossem marginalizadas pela idade física? Não, como adultos podemos tratar de nossa saúde, sermos independentes, apararmos os nossos filhos e eles também apararem a nós outros para que cada um de nós tenha a sua casa, tenha as suas afinidades, as suas relações, o seu mundo, os seus hobbies, as suas profissões, os seus afetos, a sua vida e ao mesmo tempo eles também podem ter as suas famílias independentes, com muito amor de nós uns para como os outros.”

“E nós não podemos tratar-nos uns aos outros como se fossemos inimigos. Nós somos irmãos, somos pais, filhos, parentes, amigos, esposos, esposas, tios, tias, companheiros, mas acima de tudo somos espíritos imortais, filhos de Deus, cada qual sendo um mundo original criado por Deus. Aconselhemos os nossos jovens, amparemos os nossos jovens com as nossas experiências e que eles nos amparem com a sua força e nos amem, que nós todos precisamos de amor, mas que haja aquela fronteira que nós chamamos de respeito para que cada um seja ele mesmo e para que nós possamos viver em paz uns com os outros sem necessidade de cairmos em neuroses e depois em psicoses e recorrermos aos nossos amigos da medicina como doentes graves arredados da vida e arredados do trabalho. A vida para nós deve ser uma escola férias, com as pausas do descanso, mas todos fomos chamados a trabalhar”. (Chico Xavier)


Avaliando a resposta dada por nosso mestre, podemos perceber o amor, o conhecimento e a sabedoria na mesma.

Na seqüência, deixo o link do vídeo para quem quiser comprovar o que está escrito acima e mais uma vez sentir a presença do amado Chico Xavier.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

MENSAGEM DE MARIA ROSA

Estou feliz de ver nesta casa espírita não mais as nossas cidades em guerra, porque Jesus me permitiu vir conversar com os senhores, nossos irmãos, e ver essas modernidades que tem hoje e nós de roupas rasgadas, verdadeiros trapos por que assim as tropas federais nos deixaram.

Agradeço a Jesus porque dias atrás eu estava colocada nos meus recantos quando aconteceu. Porque muitas vezes junto com meus companheiros nós ficávamos dentro dos museus olhando as pessoas bonitas, nos carros bonitos, chegando, e que ficavam olhando as nossas relíquias achando graça vendo que o tempo passou sobre nós.

E eles riam internamente pensando: pobres diabos, coitados, loucos que fizeram loucuras e morreram por isso; e eu olhava o espírito desses que assim pensavam e eles eram fétidos, podres, espíritos inferiores encarnados em corpos bonitos, com roupas lindas.

Ah! Isso para nós nada vale.

Mas eu lembro que alguns dias antes, depois de tanto vagar com meus companheiros por vários lugares, eu pedi a Jesus e a São João Maria de Agostinho, a Nossa Senhora e a São Sebastião, que olhassem por nós, por que já estávamos cansados de vagar por aquelas matas e campos sem ter para onde ir, sem ter um destino, sofrendo a dor dos solitários.

E Jesus ouviu a minha prece porque dias depois, com os companheiros, lá dentro do museu, vimos, de repente, uma luz imensa tomar conta do lugar.

Chegou cegar a gente. E eu vi que dessa luz surgiu um senhor de barbas brancas, bonito como uma manhã radiante.

E ele aproximou-se e me abraçou. Vocês não conseguem imaginar a emoção que senti.

Então ele me disse:

- Filha, eu vim a mando de Jesus para te ajudar, para auxiliar você e seus companheiros. Por isso agora nós vamos caminhar.

- Eu não sou digna que o senhor chegue perto de mim, porque o senhor tem tanta luz e eu sofro tanto assim - Disse para ele.

- Nós estamos no mundo para ajudar. Como é que vamos pedir a Jesus por nós se deixamos aqueles que sofrem perdidos por aí, esquecidos pelo mundo. Nós vamos te ajudar.

- Quem é o senhor? - Perguntei.

- Bezerra de Menezes.

Ajoelhei e beijei suas mãos. Mas ele me levantou e disse assim:

- Filha, eu nada mais sou do que um simples trabalhador.

O que tenho a fazer é resgatar aqueles que querem conosco andar. E você é um espírito que há muito tempo procuro para viver conosco.

Porque nós, como espíritos trabalhadores do Cristo Nosso Senhor, precisamos de espíritos fortes, altaneiros, guerreiros como tu e como esses teus companheiros. Só o que temos a fazer é transformar o teu andar. Levar luz ao teu coração.

Foi quando então aquela falange do doutor bezerra nos levou para um lugar diferente.

Quando abri os olhos vi que estava numa casa. Não mais aquelas taperas onde moramos e sim uma casa, toda branca. E ele me aproximou deste médium e me fez entrar dentro dele e então nos pusemos a conversar.

Aí eu senti que minhas energias que estavam paradas, estagnadas no tempo, se renovaram e eu fiquei boa e meus companheiros que estavam juntos, também melhoraram. Aquela maldição de andar pelos campos, perdidos, sem ter aonde ir, desapareceu.

Então eu enxerguei a luz!...

E o doutor bezerra me disse:

- Agora vocês têm condições de seguir conosco.

E fomos com eles para uma cidade espiritual muito linda e lá nós recebemos a benção salutar. Tomamos sopa reconfortante e um passe que nos acalmou. Vestimos roupas novas, bonitas, brilhantes, brancas, cheias de fitas verdes e azuis. E nos vimos como espíritos transformados.

Depois descansamos!...

Quando acordamos, nos levaram a um local de reuniões, um cinema, onde passaram um filme sobre a nossa vida.

Então compreendi o que aconteceu e a paz entrou em meu coração.

Depois, o doutor Bezerra me permitiu chegar e conversar com este médium várias vezes, trocar idéias, contar para ele o que eu sinto.

Desde então eu sou feliz!...

E hoje Jesus me permitiu vir entre vocês. Vocês que são modernos, que se vestem e usam coisas lindas que eu adoro.

Porque em nossos redutos, depois de certo tempo, só tínhamos trapos. Os nossos companheiros estavam mal vestidos e muitos andavam sem calçados e sofriam com o frio.

Quando fomos expulsos de nossas terras, quando construíram a ferrovia, que os homens do Rio de Janeiro mandaram fazer. Lá do Rio, os políticos vestidos de roupas engalanadas, frente aos papéis, nos quartéis, os generais, o presidente, os governadores, assinaram os atos doando quinze quilômetros de cada lado da ferrovia para as companhias, e nós, que sempre fomos os donos da terra durante cem anos, fomos expulsos de nossa terra.

Porque chegavam e mandavam sair senão queimavam as plantações, as casas e matavam quem não obedecesse. Foi esse o estopim de nossa guerra, porque nós só fazíamos para comer. Alguma plantação, um gadinho. Colhíamos a erva mate, alguma madeira, e era o que tínhamos. Éramos simples demais.

E veio o decreto expulsando a nossa gente de nossa terra.

E eu pergunto para vocês: e se eles fizessem isso com vocês. Expulsassem vocês de suas casas o que vocês fariam?

Por isso nos revoltamos.

Porque quem é filho e nasce na terra morre por ela. E assim foi com José Maria que morreu no primeiro embate no Irani, mas onde vencemos as forças federais, daqueles senhores do Rio de Janeiro que nunca levantaram das cadeiras, não pegaram um trem para vir olhar a nossa miséria. Simplesmente assinaram os papéis e que se cumprisse o escrito.

Quando mataram José Maria, o nosso povo então foi para um reduto diferente em Taquaruçú, e eu fui junto e comecei a ouvir as vozes e o espírito de José Maria e de João Maria de Agostinho porque eu era médium.

Eu era médium num lugar diferente. Se Deus me desse a oportunidade de ser um médium numa casa assim como esta casa espírita, eu juro que iria trabalhar todos os dias, eu viria dormir aqui dentro e estudar todos os dias. Eu juro que seria diferente. Mas naquela época ser médium era uma triste sina.

E quando os soldados mandados pelo exército, lá do Rio de Janeiro, pelo governo federal, para matar os insurrectos, os fanáticos, como eles falavam, eles, com seus canhões, mataram centenas de crianças, de mulheres e velhos. Atearam fogo nas casas com gente dentro só pra ver queimar.

Quem são os bandidos?

Nós que procuramos defender a nossa terra ou esses mercenários que se aproveitavam da situação?

Então de Taquaruçú, quando tivemos que sair, o reduto foi destruído totalmente. Nós fomos para outro acampamento onde as visões me pegaram totalmente; e então, eu me vestia de branco, com roupas lindas, com fitas verdes e azuis representando São Sebastião e enfrentava os peludos.

Meu cavalo tinha os arreios prateados, cobertos de veludo, porque era meu gosto. Eu tomei conta do reduto que tinha mais de 5.000 homens.

Ali nós fizemos resistência feroz, até o tempo em que a doença (tifo) nos devastou e tivemos que sair para um novo lugar.

E então apareceu um caboclo chamado Adeodato que se fez de besta e, com seus companheiros, me destituíram de meu cargo.

Eu fui traída por aqueles chamados companheiros. Mas tudo bem.

E numa dessas batalhas o meu corpo pereceu.

Mas como é que eu estava ali?. Eu sentia que estava viva, andando em meu cavalo, correndo, libertando meus amigos e assim continuei até terminar a guerra.

E depois, com aqueles amigos meus que também haviam morrido, eu vaguei pelos campos.

Mas o tempo para nós espíritos é diferente do tempo de vocês.

Eu dormia, sonhava, acordava, e não sabia onde estava.

Não me peçam se na terra reencarnei, se voltei aqui, porque Jesus ainda não me permitiu saber isso.

Só sei que quando me senti mais consciente eu estava andando pelos campos com centenas de companheiros. E uma força me chamava e eu ia até o cemitério na cidade de Irani, onde ao lado as autoridades fizeram um museu para lembrar de nossa luta e do contestado.

Setenta anos depois eles lembraram que nós, os que morremos naquelas batalhas, nós que éramos os que tinham amor pela terra. Nós queríamos a nossa terra e morremos por ela.

Vocês sabem o que aconteceu com a ferrovia que o governo mandou construir?

Não existe mais. Só tem os trilhos cobertos pelo mato. Porque as companhias só sabem andar atrás do dinheiro e se algo não dá lucro elas abandonam o trabalho.

Dez, quinze, vinte mil posseiros, colonos, sertanejos, amantes daquela terra, morreram por nada. Por um belo capricho de alguém que assinou um documento lá no Rio de Janeiro mostrando que eles é que tinham poder sobre a nossa terra. E deram 15 km de cada lado de toda extensão da ferrovia para duas companhias estrangeiras. Eles deveriam mandar embora todos os sertanejos, raízes da terra, e deveriam colonizar as duas margens da ferrovia com pessoal vindo lá de fora do estrangeiro.

Vocês acham justo?

Por isso que eu também, menina, levantei em armas e fui guerrear contra essa traição feita com o nosso povo.

E se hoje tivesse que voltar àquele tempo, do mesmo jeito, com certeza eu voltaria e faria a mesma coisa. Eu iria guerrear do mesmo jeito contra os opressores, que matam os pequeninos. Porque eles estavam lá no Rio de Janeiro e nunca vieram olhar nossa miséria.

Graças a Jesus hoje não falo mais para aquele povo de Caraguatá. Por que eu falava e eles me ouviam. Cinco mil pessoas sentadas, num pátio imenso, e eu falando para eles. E expunha isso que falei para os senhores e eles, inflamados pelo verbo, lutavam.

E o Dr Bezerra me mostrou depois, que Jesus não quer mais que os espíritos fiquem esperando deitados, sentados, vagando, que a Terra se transforme por si só num planeta de regeneração.

Ele disse que Jesus nos pediu e que nós devemos colocar mãos à obra por isso estamos com vocês aqui.

O Dr Bezerra mostrou naquele filme que passou na espiritualidade que os meus companheiros depois de um trabalho de acerto e de vivência no mundo espiritual, foram levados a reencarnar nas mesmas terras onde morreram, onde derramaram o seu sangue, mas sabem como?

Eles reencarnavam como filhos e netos daqueles coronéis, daqueles fazendeiros latifundiários, e anos depois, quando morriam os coronéis, os fazendeiros, as terras ficavam para nós, porque quem mandava não era mais um caboclo, sertanejo, pele escura, e sim o mesmo espírito em roupagem diferente. Nossa terra voltava para as nossas mãos.

Mas eles aprenderam a amar a terra, brigar por ela, morrer por ela e começaram a amar a terra, pois eram os donos das fazendas.

E começaram a tirar a escravidão do nosso povo por que muitos de nós passávamos fome.

Éramos tratados como escravos nas fazendas. Só tínhamos um cantinho junto com os animais para dormir, um pedaço de pão para comer e trabalhávamos iguais os burros de força.

Então Jesus fez isso. Fez-nos renascer na casa grande nos tirando da senzala.

Só então o rumo da justiça tomou conta do nosso contestado.

Foi assim que Jesus fez.

E se hoje tem paz na região é por que aqueles fazendeiros, os grandes do Rio, os coronéis, generais, cheios de estrelas, hoje estão pelas ruas, vagando. São os perdidos das ruas, são aqueles enfiados nas pocilgas, em locais parecidos com os nossos redutos, e estão sofrendo.

Mas a bondade divina nos ensina que devemos ajudá-los. Vejo que a falange imensa do Dr. Bezerra auxilia esses coronéis, generais, presidente, que assinaram os decretos para mandar nos matar.

Aquela foi uma sentença de morte para nós...

E se hoje Caraguatá não existe mais, eu sou feliz por falar com vocês meus companheiros.

Não me peçam se algum de vocês esteve lá junto com a nossa luta, por que Jesus não me permite dizer, mas o meu coração fulge de luz e de amor por vocês.

E por quê?

Porque vocês abriram o peito e o coração para me ouvir.

O Dr. Bezerra me diz que me adotou como filha de seu coração e eu digo que o recebo como meu pai para sempre.

Se um dia precisar eu hei de voltar à Terra, não mais para empunhar as armas numa guerra como foi o contestado, não mais para defender a nossa terra, mas para defender o espírito.

Eu estarei aqui.

O Dr. Bezerra me diz: eu quero você e seus companheiros ao meu lado porque eu preciso de espíritos fortes, lutadores, guerreiros, que se precisar descer lá no fundo das trevas, eu sei que vocês estarão prontos.

Pode ter certeza que iremos, porque nós temos coragem, o senhor sabe disso, doutor Bezerra.

Encontramos neste centro de amor e caridade, na maioria dos irmãos, muita coragem, muita fé e perseverança.

Estou feliz porque o doutor Bezerra me permitiu vir e conversar com vocês, não mais como em Caraguatá, não mais, porque lá os ânimos eram inflamados, diferentes, mas sim numa casa de amor e caridade.

Com certeza eu vou voltar muitas vezes, se Jesus me permitir, para conversar com os senhores.

Eu peço desculpas por falar assim, nesta hora, mas que hora há melhor que esta? Ou será que seria importante que este médium recebesse a minha voz o meu espírito, e fizesse a psicofonia entre três ou quatro irmãos apenas?

Não! Nós temos que provar que o espírito vive, continua vivo depois da morte do corpo, e que ele tem condições de renascer das cinzas e se tornar melhor.

Quando muitos irmãos menos esclarecidos se debatem com alguns médiuns não levem em conta, senhores, observem como aprendizado, porque na verdade eles têm permissão de vir porque os senhores precisam aprender.

Porque Jesus fez isso no tempo em que esteve na Terra, quando os espíritos inferiores, maus, perversos, chamados demônios, se debatiam, se jogavam no fogo, na água, e Jesus os curava.

Levava esses espíritos ao mundo espiritual para reajuste e as pessoas ficavam boas.

Se Jesus nos permitiu vir é porque tínhamos que contar a história por nós mesmos para vocês.

Recebam o meu abraço.

Só podemos agradecer a Jesus, como Bezerra agradece.

Ele ajuda meu espírito a crescer...

(Nesse momento a médium Ângela entrega uma rosa para o espírito que agradece emocionado).

Mensagem recebida por psicofonia pelo médium Luiz Marini, em reunião pública, em 01-10-08 no Centro Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

GUERRA DO CONTESTADO

Pouca gente conhece ou ouviu falar da guerra do contestado, ocorrida num pedaço de terra disputado pelos estados do Paraná e Santa Catarina. Não era um pedaço pequeno de terra. Eram perto de 40.000km². Tinha uma dimensão muito grande, abrangendo a região entre as cidades de União da Vitória, Palmas, Irani, Campos Novos, Curitibanos, Caçador e Lages.

A guerra do Contestado aconteceu lá pelos anos de 1912 a 1916. Já faz muito tempo e as conseqüências desse conflito até hoje é sentido na região. Para os políticos que montaram o cenário, geraram as causas, e, depois do conflito encerrado, simplesmente esqueceram o que aconteceu, ficou somente a lembrança de mais uma revolução de brasileiros oprimidos que conseguiram sufocar.

Isso foi na rabeira da guerra dos canudos ocorrida na Bahia entre os anos 1896 e 1897. Os governos não podiam deixar que acontecesse no sul do país o que havia ocorrido no nordeste.

Um novo “canudos” no sul do Brasil, jamais.

Lá nos confins do sertão nordestino, mataram muita gente que se refugiou no acampamento de Antonio Conselheiro. Destruíram tudo. Não sobrou pedra sobre pedra.

Aqui no sul por certo era necessário também varrer do mapa as pretensões dos sertanejos à beira da miséria. E foi o que o governo fez.

Mas para que possamos entender a guerra do contestado é necessário fazer um breve resumo da mesma.

Tanto o Paraná quanto Santa Catarina eram estados que estavam na rota dos tropeiros que viajavam entre o RS e SP. Muitos grupos remanescentes da Guerra dos Farrapos se instalaram na região e montaram com grandes proprietários de terras o chamado coronelismo, e tudo controlavam com mão de ferro.

O estado do Paraná havia se desmembrado de São Paulo em 29 de agosto de 1853 pela Lei Federal 704.

A região denominada “contestado” abrangia perto de 40.000km² entre o PR e SC e estava há muitos anos em litígio.

Por fim, em 06 de junho de 1904, o acórdão do Tribunal Federal entende que as terras em litígio pertencem a Santa Catarina. Para os sertanejos continuou tudo na mesma: o trabalho escravo, a fome, a miséria, o abandono.

Nesse burburinho todo, muitas famílias de sertanejos e imigrantes fincavam raízes na região, em busca da sobrevivência.

Em 1887 o engenheiro João Teixeira Soares projetou o traçado da ferrovia com 1.403 Km entre Itararé em SP e Santa Maria no RS e recebeu a concessão da mesma em 09 de novembro de 1889 por D. Pedro II, ratificada pelo Marechal Deodoro da Fonseca em 7 de abril de 1890 já em plena República.

O primeiro trecho entre Itararé e Porto União com 264 km foi entregue em 1905.

Em 1908 o americano Percival Farquhar assumiu a concessão e criou o holding Brazil Railway Company e a Southern Brazil Lumber & Colonization Company para explorar a madeira araucária da região.

Foram contratados 8.000 homens para construir a estrada. Como não tinham máquinas tudo foi feito com pás, picaretas, enxadas, dinamite, e carrinhos de mão. Como recebiam por metro construído a estrada tem curvas que não terminam mais...

A estrada de ferro foi inaugurada em 17 de dezembro de 1910.

No ano de 2002 depois de muitos entraves o trecho entre os rios Iguaçu e Uruguai foi abandonado pela América Latina Logística S/A, por não vislumbrar lucros no empreendimento.

A confecção do estopim que detonou a guerra do contestado ocorreu por algumas razões:

- os coronéis e fazendeiros que mandavam nas terras como queriam e os sertanejos que ficavam cada vez mais pobres;

- o litígio nesta terra de ninguém disputada pelos dois estados;

- a demissão de mais de 1.000 trabalhadores da região com o término da estrada de ferro, e que se puseram a vagar sem ter aonde ir e onde trabalhar;

- a doação de 15 km de terras de cada lado da ferrovia (chamadas terras devolutas) para a companhia estrangeira para assentamento de pessoal vindo do exterior;

- a retirada dos sertanejos crioulos da terra pela companhia;

- o surgimento de João Maria de Agostinho, monge caritativo, que nada influenciou no conflito, pois morreu em 1870, mas que criou nos sertanejos um clima de messianismo;

- depois da morte de João Maria surgiu o monge José Maria que incitou os revoltosos à guerra;

O primeiro combate foi em 22 de outubro de 1912, em Irani, onde morre o monge José Maria. Em seguida o grupo vai para Taquaruçú onde erguem um povoado e contam com mais de 700 pessoas. O governo federal manda mais tropas e em 09 de fevereiro de 1914 destroem taquaruçú a ferro e fogo, matando muita gente.

Os nativos vão para Caraguatá, perto da estação do rio caçador. Ali aparece Maria Rosa, moça de 15 anos, mística que comanda mais de 5.000 pessoas no novo reduto. Ela se veste de branco, com fitas verdes e azuis e monta um cavalo branco com arreios cobertos de veludo. Seu fuzil também é enfeitado de fitas.

Ela é a intérprete do monge José Maria.

A doença e a fome fazem com que abandonem Caraguatá e montem outro reduto em Pedras Brancas. Maria Rosa comanda a retirada. Em 08 de janeiro de 1915, os soldados incendeiam o local e aprisionam 270 rebeldes.

Maria Rosa é traída e destituída de seu cargo pelos companheiros e Adeodato assume as rédeas do poder. Numa batalha em 28 de março de 1915, Maria Rosa é morta às margens do rio Caçador.

O reduto de Santa Maria cai em 03 de abril de 1915. Adeodoto foge e é capturado em 16 de agosto de 1916, colocando ponto final na guerra do contestado. Adeodato, condenado a 30 anos, morre em 1923, numa tentativa de fuga da prisão.

Segundo dados morreram perto de 10.000 revoltosos e 1.000 soldados. Não se sabe ao certo, porque naquela época o censo...

Se 1916, com a prisão de Adeodato, terminou oficialmente o conflito armado, a pergunta que se faz é: como é que ficaram os despojos da guerra?

Porque em toda guerra sobram muita destruição, ódio, rancor e poucas vantagens e glórias.

Tão logo terminou o conflito, as terras marginais à ferrovia foram vendidas para grupos gaúchos que passaram a revendê-las para colonos imigrantes que desejavam se colocar num pedaço de chão.

Os sertanejos remanescentes do local continuaram sem a posse da terra onde viveram por muitos anos e onde haviam criado raízes profundas. Estavam novamente sem rumo e seu destino deveria ser trabalhar para os novos donos sem reclamar, ganhando somente o necessário para viver. Voltavam ao ponto de partida: a semi-escravidão.

Dentre os despojos da guerra ninguém fala das pessoas que morreram. Quando muito erguem algum monumento para lembrá-los e também para que no futuro se cale qualquer voz que ouse se levantar contra o sistema vigente.

Como é de conhecimento de todos quando a pessoa morre, o corpo se decompõe, voltando à terra-mãe e o espírito ou alma, continua a sua trajetória pelo mundo espiritual.

Todas as religiões pregam a sobrevivência do espírito à morte do corpo. Então fica mais fácil explicar o que aconteceu com os espíritos daquelas pessoas que morreram na guerra.

Quando a pessoa morre durante uma guerra, o espírito permanece impregnado do mesmo sentido de violência e ódio contra os opositores e carrega isso no mundo espiritual. Geralmente permanece no mesmo local, sem saber que desencarnou, continuando a combater os inimigos. Raros são aqueles que conseguem se desvencilhar dessa trama e seguir rumo aos bons lugares na espiritualidade.

No caso do contestado, temos que contar uma pequena história para entendermos o que ocorreu com os espíritos, na vida espiritual, depois do encerramento do conflito.

Em 01 de outubro de 2008, durante palestra no Centro Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, uma jovem perguntou se Maria Rosa, uma das líderes dos revoltosos, via, ouvia e incorporava o espírito de José Maria, o monge que incitou os colonos a defender o seu chão, morto no primeiro embate no Irani. Nossa resposta foi que a história conta que ela realmente se comunicava com o espírito citado.

À noite o Dr. Bezerra nos pediu para pesquisar o conflito, o que foi feito no outro dia. Então o mentor nos pediu se tínhamos interesse de auxiliar num trabalho de resgate dos espíritos ainda vinculados a essa guerra. Respondemos que isso seria para nós uma honra. Não deveríamos temer qualquer coisa. Só confiar em Jesus.

No primeiro momento em que nos pusemos a meditar, chegaram os mentores trazendo o espírito de uma moça que conversou mentalmente conosco. Com ela estava o seu grupo de companheiros. Na outra quarta-feira, durante a palestra sobre o Contestado, ela pediu permissão e contou de viva voz a sua história, que foi gravada e reproduzida no papel.

Era o espírito de Maria Rosa que se comunicava.

Abro uns parênteses para dizer aos meus amigos que na internet tem pouquíssima informação sobre Maria Rosa. E era ela quem Dr. Bezerra trouxe ao Centro Espírita.

Na história essa heroína conta que permanecia com centenas de companheiros desencarnados vagando pelas terras onde havia ocorrido o conflito. Muitas vezes ficava nos museus onde via as pessoas modernas chegar e olhar as relíquias da guerra. Até que alguns dias antes lembrou de Jesus e pediu auxilio.

No que foi prontamente atendida através da falange do Dr. Bezerra. O médico dos pobres trouxe esses espíritos até nossa presença. Ela e os companheiros foram encaminhados a uma cidade espiritual onde receberam tratamento e puderam ver num filme tudo quanto vivenciaram na guerra. Viram também que Jesus permitiu que centenas de companheiros mortos no combate, voltaram à terra reencarnando nas famílias dos novos proprietários e dos antigos coronéis e fazendeiros, assumindo com a morte destes o domínio das terras pelas quais morreram lutando. Voltava assim o comando das terras aos legítimos proprietários.

É a mão da justiça divina desenrolando o novelo do torvelinho da ambição humana.

Depois, em outra comunicação, Maria Rosa contou que teve uma encarnação curta para ajustar algumas coisas que ficaram para trás, de quando foi líder dos combatentes. Mas mesmo assim voltou para os antigos locais de combate, vinculada que estava ainda aos resquícios espirituais que ficaram impregnados nos sítios onde ocorreram as tragédias.

Então aconteceu o trabalho de amor realizado por Bezerra de Menezes a mando de Jesus que deseja o resgate de espíritos guerreiros para compor as Suas hostes. Esses espíritos são encaminhados para recuperação, reajuste e estudo no mundo espiritual e, quando estão preparados, integram as falanges dos trabalhadores do bem.

É bom saber disso porque todos nós temos a oportunidade de reajuste e correção do caminho, obedecendo ao que está escrito em Ezequiel (cap XXXIII, v. 11) que diz: “Eu juro por mim mesmo, disse o Senhor Deus, que não quero a morte do ímpio, mas que quero que o ímpio se converta que deixe o seu mau caminho e que viva”.

Para aqueles que pensam que os espíritos vinculados a Jesus permanecem apenas desfrutando as benesses celestiais, enferrujando suas habilidades, mofando sua espiritualidade, digo que sinto uma felicidade indescritível de ver esse mestre de amor chamado Bezerra de Menezes trabalhando em todos os setores da vida atuante.

Ele trabalha com os espíritos que comandam nosso planeta, rege os destinos das Américas e cuida especialmente do Brasil, país que o acolheu com amor desmedido.

O Dr. Bezerra tem um carinho especial pela nossa gente e isso se reflete no trabalho de resgate, auxilio e desenvolvimento de todos os espíritos que por aqui permanecem.

Que Jesus o ajude nesta missão gloriosa de reerguer os espíritos para Deus.

Também nós temos a certeza absoluta de que um dia precisaremos de seus préstimos de amor para corrigir nossos passos... Esperamos merecer sua complacência e carinho na hora aprazada.

Luiz Marini – 10 de outubro de 2008.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A FLOR DE NAZARÉ E JESUS

UMA FLOR DESABROCHOU
NO INÓSPITO DESERTO
DA JUDÉIA.
FRUTO BENDITO
DE UMA GOTA DE ORVALHO
QUE SE CONDENSOU
NA MANHÃ FRIA.
EMBELEZOU O DESERTO
E DOOU O SEU MEL
PARA AS BORBOLETAS
E AS ABELHAS FACEIRAS.
ABRIU SEU SORRISO
E ENCHEU-SE DE LUZ
QUANDO SENTIU
A PRESENÇA E O OLHAR
DO MENINO JESUS.
ESSE ERA O LOCAL
PREFERIDO
DO MENINO-AMOR...
E A FLORZINHA
FACEIRA,
SORRIA FELIZ,
PARA NOSSO SENHOR...
MARION/LUIZ MARINI, 01-12-05

ANDAR COM CRISTO

MAIS QUE UM AMIGO,
O GRANDE AMIGO.
MAIS QUE UM MENTOR,
O GRANDE MENTOR.
MAIS QUE UMA LUZ,
A VERDADEIRA LUZ.
MAIS QUE UM CAMINHO,
O ÚNICO CAMINHO.
MAIS QUE UM SONHO,
UM SONHO DE AMOR.
MAIS QUE UM IRMÃO,
O MELHOR IRMÃO.
MAIS QUE UM PROFESSOR,
UM INIGUALÁVEL PROFESSOR.
MAIS QUE UM PAI,
FILHO MAIOR DO GRANDE PAI.
MAIS DO QUE O SENHOR,
O SUBLIME SENHOR.
MAIS DO QUE UM ANDAR,
O QUE ENSINA A CAMINHAR.
MAIS DO QUE UM OBJETIVO,
O MAIOR OBJETIVO QUE TEMOS.
MAIS DO QUE UM MESTRE,
O ÚNICO E VERDADEIRO MESTRE.
MAIS QUE UM EMISSÁRIO DE DEUS,
O GRANDE EMISSÁRIO UNIVERSAL.
ELE MOSTROU AO HOMEM
OS CAMINHOS SUBLIMES
QUE LEVAM ÀS REGIÕES
INEBRIANTES DA GRANDE LUZ.
O MAIOR MESTRE!...
O MAIOR AMOR!...
O MAIOR SONHO!...
A INFINDÁVEL LUZ!...
ELE TEM UM NOME:
SEU NOME É JESUS!...      
ANDRÉ LUIZ/LUIZ MARINI -04-05-05