domingo, 30 de novembro de 2008

A ETERNA PROCURA

Maria de Magdala é um dos maiores exemplos de todos os tempos quanto à transformação de uma pessoa. Antes de conhecer Jesus de Nazaré, ela vivia em meio a festas e loucuras advindas da promiscuidade com os homens mais ricos e poderosos que permaneciam em sua cidade. Eram comerciantes, generais, sultões, ricos proprietários de terras que pagavam absurdos em dinheiro para desfrutar momentos idílicos com a mulher mais linda que o mundo conhecia ou alguma de suas favoritas.

Maria de Magdala vivia na maior das opulências enfeitada com os mais belos ornamentos que se possa imaginar. Tecidos provindos dos mais remotos lugares, comidas as mais deliciosas, uma verdadeira mansão para se abrigar e os mais diferentes serviçais que estavam sempre prontos para satisfazer os seus desejos.

Ela tinha uma vida de rainha, cercada de todos os prazeres possíveis. Uma jovem dos dias atuais certamente perguntaria o que seriam os prazeres daquela época, que não tinha shopping center, auto-estrada, carros luxuosos, motos possantes, aviões, iphone, Internet, passeio no espaço e na lua, televisão, cinema, celular, notebook, playstation, e outras modernidades mais.

O que é que tinha de interessante naquela época? Puxa vida. Coisa difícil descobrir. Mas vamos por partes: para uma jovem bonita como Maria de Magdala, o mais importante era receber os homens em sua mansão, pois isso rendia dinheiro e fama. Depois, nas horas de folga, poderia passear de barco pelo mar de Tiberiades, ou mesmo bronzear a pele em suas areias ardentes, visitar algum monumento erguido à honra dos romanos que tudo dominavam, conhecer lugares novos em viagens de recreio, fazer compras nos mercados das cidadezinhas próximas, perder um tempo em conversa com os amigos, tomar um chá no fim de tarde, ouvir as fofocas da grande Jerusalém. O que mais?

Magdala era uma cidade próspera, mas que ficava num fim de mundo, pois lá na região do lago de Genesaré só havia lugarejos simples com moradores mais simples ainda, que só viviam para esperar o tempo passar, na maior das modorras possíveis.

Em Cafarnaum, cidade cravada à beira do Mar da Galiléia, é que Jesus decidiu morar na casa de um pescador chamado Simão Pedro. Lugarejo pequeno, com a maioria da população formada por agricultores e pescadores, e que tinha um pequeno destacamento de soldados romanos.

A casa de Pedro ficava à beira do lago e era um local agradável e bucólico. Também pudera, com o Mestre Divino morando ali, tudo teria que ser o mais perfeito possível, pois que Ele atraía beleza sem fim. Sua presença modificava as paisagens e por certo, um pedaço do céu ali se formou. Felizes os que puderam sentir a Sua presença e vivenciar os Seus ensinos.

Maria de Magdala certa feita ouviu Jesus falando sobre as bem-aventuranças do Reino de Deus. Ficou impressionada com os ensinos que ouviu daqueles lábios doces. Tanto ficou exaltada que passados alguns dias, logo ao escurecer, chegou na casa de Pedro e pediu para falar com Jesus. Foi atendida pelo Mestre, que a convocou ao trabalho da Boa Nova. Sentiu que poderia reformular o seu modo de pensar e agir. Maria transformou o seu coração, distribuiu os seus haveres e, levando apenas o essencial, passou a seguir Jesus em suas andanças.

Logo ficou conhecida por adentrar a casa de Simão e derramar ungüento de alto valor nos pés de Jesus e enxugá-los com seus cabelos. Esteve sempre junto a Jesus em todos os momentos, tornando-se uma das figuras exponenciais do Evangelho.

O Divino Cordeiro apareceu primeiramente a essa mulher quando de sua ressurreição e retorno ao convívio com os apóstolos.

Depois, ela seguiu com os apóstolos para Cafarnaúm, onde trabalhou nos mais diversos serviços para poder se manter. Quando os últimos apóstolos rumaram para Jerusalém, onde começariam o trabalho de difusão do Evangelho de Jesus, Maria foi discriminada por eles e somente conseguiu seguir para a cidade santa junto com leprosos. Permaneceu com eles, no vale dos leprosos, ensinando a Boa Nova, até que a lepra começou a tomar conta de seu corpo. Seguiu para Éfeso onde estavam João Evangelista e Maria de Nazaré, pois desejava abraçá-los antes da morte.

Morreu atendida pelos cristãos de Éfeso e em espírito, reencontrou Jesus à beira do lago de Tiberíades, como coroação do êxito de sua missão na Terra.

Maria de Magdala foi o exemplo vivo de quem está eternamente procurando por algo a mais na vida. Ela tinha tudo o que alguém poderia ter naquela época. Só não tinha o verdadeiro amor, aquele amor que machuca e fere sem cessar, quando não se está em consonância com ele. É o amor que vem das alturas do céu e que só entende quem trabalha com este tipo de sentimento.

Ela reencontrou o verdadeiro sentido da vida depois que conheceu Jesus. Transformou seu coração e começou a lutar por este ideal. Doou sua vida, seu corpo, seu espírito, para que pudesse alcançar o objetivo maior que era vivenciar os ensinos de Jesus Cristo. Imolou-se a vida toda até alcançar a redenção espiritual.

Vejo também nos médiuns espíritas-cristãos o mesmo sentido de trabalho que Maria de Magdala teve, pois quem é médium com o caráter cristão, sente o mesmo desejo de seguir Jesus com a mesma audácia de Maria de Magdala.

Quem segue verdadeiramente os passos de Jesus não se conforma com a mesmice de todos os dias. Com os mesmos ensinos, com as mesmas frases, com os mesmos conhecimentos. O trabalhador cristão procura por algo a mais. Está sempre em busca de novos conhecimentos, de novas energias, de novas atitudes, de novos horizontes.

O seu descanso é o trabalho pelo próximo. Ele compreende que é parte atuante de um universo que marcha para a perfeição e não se contenta em ficar parado esperando o tempo passar. A cada novo conhecimento que adquire exulta de felicidade, em cada ação benemérita sente-se feliz, em cada trabalho executado, vibra por ser um personagem útil no mundo.

A eterna procura cala fundo no coração de quem já atingiu os parâmetros norteados pelo Evangelho de Jesus. E são esses trabalhadores que Deus quer que andem pelo mundo, pois eles fazem a diferença na hora de falar e promover as ações oriundas dos ensinamentos do Cristo.

Nós podemos reconhecê-los por muito amarem a Jesus e por muito fazerem pelo próximo.

São eles os maiores representantes do Cristo na Terra, e por certo, os encontraremos em meio às maiores tempestades, às maiores lutas, aos mais terríveis embates, pois nessas condições é que Jesus os auxilia e os ampara.

Luiz Marini 13-11-08

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

MARIA ROSA - BREVE HISTÓRICO

Maria Rosa é a grande heroína da Guerra do Contestado que ocorreu no território de 40.000Km² disputado pelos estados do Paraná e de Santa Catarina, entre as cidades de União da Vitória, Irani, Caçador, Curitibanos e outras.

A Guerra do Contestado ocorreu por que o governo federal, com a construção da ferrovia ligando o estado de São Paulo ao Rio Grande do Sul, na passagem da estrada por esta região, determinou que 15 Km de cada lado da ferrovia seriam terras devolutas e que as mesmas pertenceriam então aos construtores da mesma, a empresa americana Brazil Railway Company e a Southern Brazil Lumber & Colonization Company, que deveria colonizar as terras com pessoal estrangeiro.

Os colonos que moravam na região foram expulsos de suas terras de forma violenta. Acrescente-se a isso o término da construção da ferrovia e a demissão de mais de 1.000 trabalhadores que ficaram sem serviço e o surgimento do monge José Maria que incitou o povo à guerra.

Foram quatro anos de guerra (de 1912 a 1916) entre os revoltosos e as tropas do governo federal. O primeiro combate foi em Irani, onde morreu o monge José Maria, mas com vitória dos revoltosos. Os nativos vão para Taquaruçú, onde erguem um povoado com mais de 700 pessoas. Em 1914 o reduto é destruído.

Os sertanejos vão para Caraguatá, onde surge Maria Rosa, moça de 15 anos, mística que detém dotes mediúnicos e que comanda 5.000 pessoas. Em 1915 o reduto cai em virtude das escaramuças com os “peludos”, a fome e a doença.

Seguem então para Pedras Brancas e Maria Rosa comanda a retirada. Adeodato assume o comando traindo Maria Rosa. Em 28 de março de 1915, Maria Rosa é morta em batalha às margens do Rio Caçador.

Montam outro reduto em Santa Maria, que é destruído em 03 de abril de 1915. Adeodato foge e é preso em 16 de agosto de 1916, colocando ponto final na Guerra do Contestado.

Maria Rosa era uma moça de apenas 15 anos quando surgiu como figura exponencial na Guerra do Contestado. Era médium de clarividência e clariaudiência, o que a fazia ver e ouvir os espíritos dos monges João Maria de Agostinho e José Maria. O povo tinha os místicos em grande valor por que eles anunciavam a vitória final dos sertanejos contra a opressão do governo, que desejava a todo custo fazer com que a região fosse colonizada pelos estrangeiros.

Maria Rosa teve grande influência nessa guerra, pois comandou mais de 5.000 pessoas em batalhas contra os soldados do governo federal. Ela falava sobre as experiências mediúnicas que tinha com os monges e relatava os seus conselhos sobre o prosseguimento da guerra. Ditava as ordens do que tinha que ser feito em cada ocasião, quem tinha que fazer o que e como fazer para obter sucesso nas empreitadas.

Taquaruçú foi destruída em 09 de fevereiro de 1914, e logo em seguida, foi erguido o reduto de Caraguatá, o que quer dizer que Maria Rosa apareceu como a mais importante personagem da Guerra do Contestado no inicio de 1914, terminado a sua participação com sua morte numa batalha em 28 de março de 1915. Durou apenas um ano e alguns dias o seu reinado como a Joana DÁrc do sertão, cognome pelo qual ficou conhecida.

Maria Rosa usava um vestido branco, enfeitado com fitas verdes e azuis, e penas de diversas cores. Seu fuzil também era enfeitado de fitas. Seu cavalo branco tinha arreios cobertos de veludo.

Ela era imponente quando montada em seu cavalo à frente de seu exército. Lutava como os mais bravos guerreiros e incitava os comandados a vencer sempre.

Com a sua morte em 1915, ela passa a vagar pela região, como mais uma das vitimas do conflito, pois quem morre no ardor das batalhas, geralmente demora algum tempo para readquirir consciência do seu estado como espírito desencarnado.

Depois de alguns anos no plano espiritual, as entidades superiores programam uma encarnação para ela numa cidade dentro da região do Contestado. Essa encarnação dura pouco mais de vinte anos, mas lhe proporciona a oportunidade de renovação de seus caminhos que agora estão inteiramente voltados para o bem. Temos que entender que Maria Rosa foi fruto do meio onde vivia e que guerreou dentro uma causa justa, que era a defesa de sua terra. Por isso essa guerreira foi inigualável no papel que desempenhou na guerra do Contestado.

Como Maria Rosa, ela não sabia ler nem escrever. Nessa nova encarnação ela foi à escola e aprendeu muito e também recordou o que já havia aprendido em reencarnações anteriores.

Depois do desencarne, ela se sentiu fortemente atraída aos mesmos redutos onde vivera como Maria Rosa e passou a vagar novamente pelos campos e cidades da região do conflito, junto com centenas de companheiros que foram seus comandados. As reminiscências da guerra estavam tão fortemente imantadas nesses espíritos o que fez com que eles andassem pelos mesmos locais, em atendimento à sua memória.

Esses espíritos ficaram vagando a esmo pela região, até o ano de 2008 quando Maria Rosa compreende que é chegado o tempo de renovar seu coração e pede a Jesus que a auxilie.

Como resposta ao seu pedido o Mestre envia Bezerra de Menezes para auxiliá-la no desiderato. O médico dos pobres utiliza então o Centro Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes onde atua como dirigente espiritual desde sua fundação em 1965, e que está situado na Rua Tupinambá nº 571 em Pato Branco para realizar o seu trabalho de amor.

Em 01 de outubro de 2008, durante palestra no Centro Espírita, uma jovem perguntou se Maria Rosa, uma das líderes dos revoltosos, via, ouvia e incorporava o espírito de José Maria, o monge que incitou os colonos a defender o seu chão. Nossa resposta foi que a história conta que ela realmente se comunicava com o espírito citado.

À noite o Dr. Bezerra nos pediu para pesquisar o conflito, o que foi feito no outro dia. A seguir o mentor nos pediu se tínhamos interesse de auxiliar num trabalho de resgate dos espíritos ainda vinculados a essa guerra. Respondemos que isso seria para nós uma honra. Ele nos disse que não deveríamos temer qualquer coisa. Só confiar em Jesus.

No primeiro momento em que nos pusemos a meditar, chegaram os mentores trazendo o espírito de uma moça que conversou mentalmente conosco. Com ela estava o seu grupo de companheiros. Na outra quarta-feira, durante a palestra sobre o Contestado, ela pediu permissão e contou de viva voz a sua história, que foi gravada e reproduzida no papel.

Era o espírito de Maria Rosa que se comunicava.

Abro uns parênteses para dizer aos meus amigos que na internet tem pouquíssima informação sobre Maria Rosa. E era ela quem Dr. Bezerra trouxe ao Centro Espírita.

Na história essa heroína conta que permanecia com centenas de companheiros desencarnados vagando pelas terras onde havia ocorrido o conflito. Muitas vezes ficava nos museus onde via as pessoas modernas chegar e olhar as relíquias da guerra. Até que lembrou de Jesus e pediu auxílio.

No que foi prontamente atendida através da falange do Dr. Bezerra. O médico dos pobres trouxe esses espíritos até nossa presença. Ela e os companheiros foram encaminhados a uma cidade espiritual onde receberam tratamento e puderam ver num filme tudo quanto vivenciaram na guerra. Viram também que Jesus permitiu que centenas de companheiros mortos no combate, voltaram à terra reencarnando nas famílias dos novos proprietários e dos antigos coronéis e fazendeiros, assumindo com a morte destes o domínio das terras pelas quais morreram lutando. Voltava assim o comando das terras aos legítimos proprietários.

Maria Rosa tem se comunicado seguidamente com o médium e com os seus amigos no Centro Espírita.

Ela conta que faz parte da família espiritual da dona Maria dirigente que muito trabalhou pelo Centro Espírita e que agora, no mundo espiritual continua com grande atuação junto a essa casa de amor.

Diz que reencarnou muitas vezes nessa família e que esse foi o ponto de convergência que levou o Dr. Bezerra a conduzi-la a esse Centro Espírita para ser auxiliada.

Maria Rosa está estudando no mundo espiritual e demonstra uma capacidade muito grande de aprendizagem. É um espírito estóico e de grande valor.

O Dr. Bezerra designou a ela e a seus comandados que trabalhem junto com o médium e seus guias espirituais, no difícil serviço de retirar das regiões inferiores os espíritos que sofrem e que já estão em condições de receber auxilio do alto.

As batalhas são muitas por que os espíritos voltados ao mal fazem de tudo para que seus prisioneiros não se libertem de suas garras inclementes.

Esse é o aprendizado maior de Maria Rosa: utilizar seus dotes guerreiros, a sua coragem e valentia para adequar os meios utilizados pela espiritualidade superior no intuito de auxiliar os espíritos que sofrem, retirando-os de locais sombrios, levando-os às regiões de luz.

André Luiz diz que quando um espírito sofredor é liberto e transformado em trabalhador do Senhor, fazem festa no céu.

Essa é uma maneira muito dinâmica de fazer a transformação da Terra de um planeta de expiação para um planeta de regeneração, como preconiza a Doutrina Espírita.

Como diz o Mestre Jesus: “andai enquanto há luz”! Não podemos deixar para amanhã o que podemos fazer hoje. E esse trabalho de resgate de irmãos que se debatem em sofrimento deve ser feito com urgência.

Maria Rosa se apresenta como uma menina-moça de 16 anos, com estatura mediana, pela clara, bronzeada pelo sol, rosto perfeito com olhos negros, sobrancelhas bonitas, nariz reto e boca saliente. Tem um sorriso encantador. Os cabelos são negros, cacheados e caem pelos ombros até a altura da cintura. É uma moça muito bonita, que encanta a todos, pelo seu carisma e simpatia.


Luiz Marini – 09 de novembro de 2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

MÃE SANTÍSSIMA

Mãe Santíssima,

Mãe de todos nós,

Mãe do Mestre Jesus

Mãe dos que andam a sós.

Doce visão do amor celeste,

Brilhando, bailando,

No azul do céu

Fulge, cintilando.

Sua luz reflete

No infinito profundo

Onde a visão se esvaece

E se perde nos confins do mundo.

Essa escultura perfeita de mulher

Radiante de amor e luz

É a meiga, generosa,

Humilde madona de Jesus.

Glória, altíssima,

Mãe de amor,

Mãe Santíssima

De Jesus, Nosso Senhor!...

A narrativa de Lucas

Lembra o novo e o velho

Nas brumas do tempo

Nas letras do Evangelho,

No coração de uma mulher

Cheio de amor e de fé

De um vilarejo humilde

Da região de Nazaré.

Essa jovem recebe a visita

Do anjo Gabriel,

Espírito de luz

Do Pai, um escudeiro fiel.

Anjo altaneiro que conduz

Um luzeiro resplandecente

E vem anunciar

Para a jovem inocente:

Que ela é a escolhida

A jovem agraciada,

Bendita entre as mulheres

Rosa mística e amada.

Bela flor do infinito

Maria será o elo, a ligação,

Entre a carne e o espírito,

O retrógrado e a evolução,

Deus e o homem

O celeste e o material

O macro e o micro

O anjo e o animal.

Na seara o joio e o trigo

Terá a separação final;

Entre o céu e a terra

A bênção do sopro divinal.

Maria formará o corpo

Para abrigar a safirina luz

O Espírito Divinal

Do Mestre Jesus.

O desejo maternal

Explode no peito juvenil

E a bela donzela entende

A missão grandiosa, sutil,

Firmada no mundo espiritual

E para ajudar a humanidade

Recebe Aquele que reinará

Por toda a eternidade.

Surge o sonho de bonança

Na meiguice de um menino

Na face meiga de Jesus,

Na luz do Seu olhar divino.

A jovem, em êxtase,

Repete ao anjo sublime:

“Eis aqui a serva do Senhor”:

Frase que a humanidade redime.

Esta sentença

Ainda percorre o tempo,

Exaltando a força

Que transcende o pensamento.

A rosa mística de Nazaré

Essa flor belíssima,

É Carinhosamente chamada

Por Mãe Santíssima!...

Espírito puro, milenar,

Pertence à plêiade superior

Exala o olor da primavera

Da falange do Senhor.

Maria de Nazaré...

Mãe Santíssima!...

Esplende exuberante,

Como flor amabilíssima,

Formosa e perfumada,

Na mais linda primavera

Que Deus semeou

Por sobre a Terra!...


Luiz Marini novembro de 2008

Mensagem de um jovem para sua família

MENSAGEM PSICOFÔNICA DE UM JOVEM DESENCARNADO EM ACIDENTE AUTOMOBILISTICO, PARA OS PAIS E IRMÃOS NO DIA 10-10-08 NO CENTRO ESPIRITA DOUTOR ADOLFO BEZERRA DE MENEZES, DE PATO BRANCO – PR, ATRAVÉS DO MÉDIUM LUIZ MARINI.

Quanta luz!

Jesus me permitiu vir. Agora, agora conheço e agradeço...

Jesus me permitiu vir ver a senhora, sabe por quê?

Porque eu não obedeci a senhora. A senhora me dizia “Te cuide meu filho!”, e eu não me cuidei!

Andava sempre junto com meus amigos pensando que era o melhor para mim.

Nesta nova vida, Jesus me mostrou, então, que as loucuras que eu fazia eram coisas que vinham de outros tempos, que eu tinha que enfrentar meu espírito, que eu precisava quebrar meu espírito. Ah, e só fui compreender isso depois que cheguei à espiritualidade. Ah, eu juro por minha avó, que mudei, e, minha avó diz que eu tenho que pedir perdão para vocês!

- Eu já te perdoei filho, te amo meu filho! – Disse a mãe.

Quantas noites eu vi vocês, acordando de madrugada, rezando por mim, e eu não sabia o que fazia.

Quantas noites em claro a senhora passou, e eu sem cabeça, nunca te obedeci e ia atrás dos meus amigos. Mas eu sei, não eram só as companhias não, eu tinha que pagar alguma coisa, eu acho, de outros tempos que me fizeram deste jeito. Vivia maluco, para correr, para andar, eu não tinha paz e a minha casa, ah, a minha casa era aqui na frente do Centro Espírita.

- Quantas vezes a mãe disse C..., vai filho para o centro!

Porque eu não vim no centro? Tinha uma força negativa que me puxava e então eu pereci.

- Mas eu te perdoei filho. Eu te amo meu filho, te amo demais – disse a mãe.

Eu sei disso. Eu sei que na verdade tinha muitas coisas inferiores me incomodando; eu não tinha paz, não encontrava paz, então eu corria, quando saía com meus amigos.

Ai. Eram maus caminhos. Eu fui ver no mundo espiritual que nós, ah, nós somos espíritos que andamos juntos. Quantos somos nós que andamos juntos?... E eu sempre fui rebelde e vi também que em outra vidas fui rebelde com você. E Deus me disse, nós viemos para acertar as contas e eu não quis, porque se tivesse vindo no Centro, eu teria criado juízo, teria feito a coisa certa. Ah! Como teria feito coisas certas! Eu seria como meus irmãos, que eu sei que eles te ajudam.

- Mas você era bom também, você ajudou muito as pessoas e era muito bom.

- Eu tinha bom coração, mas não tinha cabeça, não tinha cabeça!

- Você tinha coração. Eu te amava demais filho!

Imagine se eu tivesse trabalhado com eles, junto com eles neste lugar. Que jovem que eu seria! Mas vamos esquecer!

- Sim!

Porque o Dr. Bezerra me disse assim, e nossa mãe Maria, ah que espírito bom, ela vem todo dia me ver, conversar comigo, me explicar as coisas e trouxe livros para eu ler, para aprender.

Ele me disse assim que se eu não tive oportunidade de aprender enquanto estive na terra agora vou ter oportunidades no mundo espiritual.

Por isso agora eu estou feliz, sabe por quê? Vocês me perdoaram. Não era bem eu, era a influencia negativa que eu tinha, e tinha uma sina de outra vida que me perseguia e eu não tinha paz, não tinha paz!

Mas agora eu tenho paz. O Doutor Bezerra me levou numa cidade onde eu não mereço estar, junto com meus amigos de espírito, junto com meus parentes. A avó Maria vem me visitar todos os dias, e ela vêm com uma moça muito bonita chamada Marion, que ajuda a me tratar, me traz livros e conversa comigo durante longo tempo.

Ah, eu sou outro espírito, e sou feliz!

- Que bom!

Eu sei que vocês agora estão no caminho certo, amando, fazendo o bem, entendendo a mediunidade, entendendo as pessoas e eu estou sempre junto com vocês aqui no Centro.

Eu não vejo a hora de poder trabalhar com vocês aqui. E eles me dizem, que com o tempo, eu vou melhorar muito, eu vou ser um espírito de bastante luz, vou trabalhar bastante, e daí Deus vai me permitir que eu volte na família de vocês. Talvez seja daqui a dez, vinte, trinta, cinqüenta anos, não importa.

Eu vou voltar aí, mas também, eu vou ao Centro desde pequeno, vou aprender a ser bonzinho, vou aprender a entender Jesus, aprender a mediunidade, e nunca mais vou fazer estas coisas que eu fazia.

Por isso, tenham calma, deixem que o tempo nos ajude. O tempo vai varrer todas estas mágoas. Eu agora estou bem, não tenho mais as perturbações de antigamente que incomodavam o meu espírito.

Por isso, avisem àqueles jovens, aquelas pessoas que não tem o espírito equilibrado, que estão em desunião consigo mesmas, que não tem paz um segundo sequer, avisem que venham no Centro, que não custa nada. Este meu aparelho (o médium) atende todas as pessoas; nunca vi ele negar alguma coisa a alguém.

Ele atende, ele conversa, podem vir. Muitas, muitas pessoas morrem, se suicidam porque eles não tem entendimento de Jesus. Se vocês vêem alguém assim mande vir.

- A mãe manda, mas eles são rebeldes e não obedecem.

Eu sei que teus vizinhos não querem nada daqui.

- Eles se afastaram até de mim porque eu venho no Centro.

Você fez a sua missão, sua missão se cumpriu.

- Falei muito para eles e daí eles se afastaram de mim, me deixaram sozinha aqui.

Você não está sozinha, você tem a gente. Tem seus filhos, teu marido que é meu pai. Você sabe disso. Tem estes amigos aqui no Centro, que este Centro é nosso. Sabia que é nosso?

- Sim, é nosso.

Doutor Bezerra disse que é nosso e então eu digo que é nosso.

- É nosso, eu também digo que é nosso, tem um pedaço meu aqui também.

Eu não sei, mas é nosso!

É nosso. Esta casa tem um dono? Tem um dono, mas ele é Jesus. Ele é o único proprietário desta casa. Tem o Doutor Bezerra que a gente ama tanto. Se a senhora soubesse como ele me ajudou. Que espírito lindo!

- Que bom saber que você está bem filho.

Eu estou bem, tenho saudades de vocês, mas quando bate a saudade eu vou lá à casa de vocês e toda quarta eu venho aqui. Por isso não chore mais viu mãe, não chore mais.

- Seja feliz, tenha muita luz, muita paz.

Não chore mais. Um dia nós vamos nos encontrar na espiritualidade.

- Eu choro porque eu te amo meu filho, te amei demais.

Peço-te perdão porque eu errei mãe.

- Não, você foi bom para mim.

Eu queria ser igual a estes meus irmãos, estes sim.

- Você só soube trabalhar nesta terra, trabalhou demais meu filho.

Jesus abençoe a todos nós e abençoe a senhora.

- Um abraço filho, um beijo querido!

Abençoe a senhora.

- Te amo filho, te amo demais!

Amo-te também. A senhora não sabe o quanto...

- Te amo filho, te amo!

E não chore! Agora a Dona Maria me falou que quando eu quiser eu posso vir. Obrigado pai.

- Eu te amo! – Falou o pai.

Não se culpem de nada, viu. Eu sei que em seu coração tem ressentimento, você pensa muitas vezes assim, sozinho, que você teve culpa. Você não teve culpa de nada. Acho que era o meu destino, porque a paz que procurava não achei. Não pense assim porque você não tem culpa de nada. O culpado sou só eu neste caso. Se eu obedecesse vocês, eu seria outro. Eu obedeci até certo ponto, até certo ponto...

Obrigado! Que Jesus abençoe vocês.

Não chore, não chore, não chore.

Eu envelheci vocês, eu poderia ser um médico também... Mas tudo bem, cumpro com vocês a minha missão, eu vou cumprir aqui no Centro, e depois eu volto para a Terra. Ainda vou ser o nenê de vocês, pequenininho, mas forte. Jesus abençoe esta terra e nos receba em paz. Um abraço bem forte viu, para o F....

Ah, eu vou te dizer uma coisa agora, viu mãe, este aparelho falou para o F... Quando ele foi trabalhar lá naquela firma, na C... Leva alguma coisa para comer lá, não corra para frente e para traz de carro porque a estrada é perigosa. Até que aconteceu um problema não é, mãe.

- Aconteceu.

E este meu aparelho falou para ele com o maior coração, porque ele previa que ia acontecer alguma coisa e graças a Jesus, foi tirado o mau caminho e não foi nada mãe.

- Foi.

Viu, faça para ele uma marmita e diga para ele isto que estou dizendo: Que ele fique lá.

- Eu já falei para ele.

Esquente, almoce lá. Faça assim, uma comida leve. Que ele coma bem de manhã, uma comida leve no almoço e coma bem à noite. Que ele não ande nestas estradas. Isso meu médium falou para ele.

- Também eu falei para ele que não é para viajar e ele continua viajando.

Não, mas as viagens com a firma tudo bem. Sabe por quê? Ele precisa. Isso ele precisa fazer. Mas cuida deste negócio que eu falei. Ta bom?

- Sim, eu vou dizer para ele.

Eu tinha avisado através deste aparelho meu. Graças a Jesus foi desviado um mal maior.

- Para eles não aconteceu nada.

Viu, ele vai ver que dentro de cinco, seis, dez dias ele vai estar acostumado. Ele almoça, pode dormir um pouco lá porque o tempo de correr ele descansa e não tem o perigo da estrada.

- Sim, já falei isso para ele, muitas vezes eu falei.

Diga que eu falei isso para ele agora ta?

- Sim. Obrigado viu C... Obrigado!

Não faça como eu fiz que não obedeci a vocês.

- Fazer o que, você era novo ainda.

Manda aquele abraço para o F... Para o V... também.

Nós somos quatro irmãos com coragem. Não é porque eu estou na espiritualidade que não sou mais irmãos de vocês. Agora eu sou mais irmão ainda.

- Obrigado C...!

Quatro homens sem medo.

- Obrigado por vir aqui. Que bom estarmos juntos outra vez.

Obrigado e que Jesus te abençoe! Você merece. Que Ele ajude a você.

Deixa eu dar um abraço nesta doce mulher. Que bom ver você bem. Não chore mais, já falei que eu também não vou mais chorar. Cuide bem da Cris, cuide desta mediunidade linda que vocês têm. E sabe o que eu gosto no estudo Cl...? É que se vocês não quiserem nem trabalhar não precisa né. Só senta ali, descansa e deixa que este meu aparelho trabalhe né? Todos os pepinos ele cuida. Então você só vem ali e descansa. É brincadeira. Com o tempo quero ver vocês enfrentarem estes espíritos ruins aí meus irmãos.

Jesus te abençoe. Que Ele te de a luz minha irmã. Olha como eu estou chorando. Não devia não é?

Este meu aparelho quase nunca chora, ele enfrente no osso do peito todas as coisas. Sabe disso? Solidão, tristezas, mágoas muitas vezes. Não chorem, tenho que vir eu aqui para chorar não é? Ele (o médium) me obedece. Que Jesus te abençoe. Desejo toda a luz no seu coração. Não chore. Não chore mais, ta bom?

- Te amo filho, te amo demais!

Fale para o F o que eu falei pra você, ta bom?

- Sim, eu vou dizer para ele. Te amo filho.

A avó está super bem.

- Minha mãe?

Sim.

- Querida, está linda, sabida não é? Que bom que ela veio também falar comigo, fiquei muito feliz.

Sim, ela é um espírito muito bacana. Qual é o neto que não adora as avós? Não, me fala. Todas as avós. Estes dias falaram para este aparelho assim, para esse médium, disseram assim: o que é um avô? Avô, disseram para ele, “Avô é um burro que o filho amansa para o neto montar”.

- (Risos).

Ele me falou que isso é verdade.

- Seja feliz lá com a avó.

A vovó que gosta muito de mim.

- Seja feliz lá com a avó e o avô.

Eles estão sempre junto de mim. E com vocês também. Eu estou sempre junto com vocês.

- Que bom. Obrigado!

Desculpe todo esse choro. Desculpe. Meu irmão gostei de ver você, viu? Se eu tivesse obedecido bem, eu estaria aqui com vocês trabalhando não é? Aqui no Centro. Mas tudo bem, isso é coisa que passou. Que Jesus abençoe vocês!

- Que assim seja!

Nós todos somos irmãos. Dou a bênção a vocês. Que bom rever vocês. Vocês são os nossos companheiros.

sábado, 8 de novembro de 2008

MENSAGEM DE MARIA ROSA AOS SEUS COMPANHEIROS ESPIRITUAIS

Jesus nos permite chegar e nós agradecemos Imensamente a oportunidade que temos.

E eu falo a vocês meus companheiros do nosso longínquo Caraguatá onde batalhamos tanto para fazer com que os sertanejos pudessem vencer a sua luta sobre a propriedade da terra.

Mas o poder material do homem é muito maior e nós, os sertanejos da época, éramos espíritos endividados de longínquos tempos, e, por isso resgatamos as nossas dividas através do sofrimento que nos foi infligido.

Hoje o Dr. Bezerra de Menezes permitiu que nossos amigos e companheiros se aproximassem e incorporassem nesses irmãos para buscar a paz que necessitamos.

E para que os senhores, meus amigos médiuns, sintam a presença de nossa falange espiritual e agradeçam a Jesus pela oportunidade de trabalho, porque nós formamos um exército de espíritos com os corações voltados para o bem.

Os sertanejos do Contestado só guerrearam por que precisavam manter e proteger a sua casa, limpar a sua terra para voltar a semear, produzir e viver às suas expensas.

Hoje estamos aqui, felizes com o que Jesus nos proporciona. Em pouco tempo conseguimos transformar nossos pensamentos e nossos corações, que agora se dirigem a Deus.

Somos felizes por que Jesus nos permitiu vir e tomarmos posse desses aparelhos mediúnicos para descarregar nossos espíritos, para sentir o nosso corpo perispiritual novamente e assim, reunir forças para poder andar por esses sertões afora cavalgando com nossas lanças e espadas nas mãos para combater o mal.

Nós formamos uma corrente de luz sob as bênçãos de Jesus.

E vamos trabalhar, viver, vencer, para que também tenhamos as bênçãos de Deus sobre nossas cabeças.

Devemos obedecer nosso Dr. Bezerra para que quando ele nos chamar, nós possamos estar prontos para lutar e resgatar os espíritos que sofrem pelo mundo.

Para fazer com que a nossa vitória seja imensa estamos nos preparando no trabalho ativo com os espíritos do Senhor.

Ontem a nossa bandeira era branca e verde e representava a nossa luta na região do Contestado.

Hoje a nossa bandeira é dourada com cores azuis que representam Jesus e Nossa Senhora e as cores verdes de São Sebastião.

Nós empunhamos essa bandeira em nossos cavalos ágeis e vamos cavalgar para vencer, porque ninguém resiste a uma carga de cavaleiros destemidos lutando por amor a Deus.

Meus irmãos, companheiros de luta, vamos subir por que já recebemos a luz do amor e da esperança nesta casa de amor.

Podemos andar, agora sim, com um só pensamento voltado para o bem, caminhando como Jesus nos permitir, cavalgando pelas campinas verdejantes, sentindo o ar penetrando em nossos pulmões, roçando nossa pele, refrescando o rosto queimado pelo sol.

Então, livres pelo mundo, nós voltaremos a ser felizes!...

Seremos os cavaleiros destemidos desfraldando a bandeira da paz.

Em nome de Jesus, agradeço a vocês, meus companheiros de outros tempos. Obrigada.

Que Jesus abençoe vocês todos.

Agradeço aos mentores da casa pela oportunidade de aprender e de servir. A causa do Cristo é a nossa causa.

Agora vamos nos retirar para fazer nossa cavalgada pelos sertões da Terra e do mundo espiritual.

Eu quero convidar vocês, queridos médiuns, para que, nesta noite, venham cavalgar com nossos guerreiros, para poder sentir o vento no rosto e viajar sob a luz do luar peregrino.

Obrigada, Jesus, muito obrigada.

Mensagem recebida por psicofonia pelo médium Luiz Marini, na noite de 01 de outubro de 2008, no Centro Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, durante trabalho mediúnico realizado com os integrantes da falange espiritual de Maria Rosa, que estiveram presentes para a integração com os médiuns do Centro.